A cilada dos pensamentos automáticos negativos.

Falamos muito sobre o poder e a força dos nossos pensamentos e sabemos que são chaves de muitas portas. Temos alguns pensamentos, que acontecem de forma natural e espontânea, logo, não conseguimos controlar. Os chamamos de pensamentos automáticos e podemos cair em uma grande cilada ou em um círculo vicioso, quando eles são negativos.
Somos imbuídos de crenças nucleares, ou seja, fontes básicas de nossa construção como indivíduos. Assim, acreditamos fortemente em verdades nossas, que são formadas de acordo com as experiências que enfrentamos.
Dessas crenças surge nossa linguagem de pensamento. Muitos destes pensamentos são automáticos, tão instantâneos e por vezes diários, que não controlamos e agimos de acordo com esse arcabouço de certos e errados a determinadas situações, julgando as verdades a partir do nosso próprio constructo social.
Sem perceber, conscientemente ou não, mandamos as informações do tipo “não consigo”, “não mereço”, “tudo dá errado comigo” para o nosso cérebro. Consequentemente, nossos comportamentos são direcionados para um desfecho emocionalmente já armazenado e com esta conotação negativa.
Muitas vezes encontramos pessoas, que são tão submersas de pensamentos negativos, que automaticamente justificam os acontecimentos fracassados com frases do tipo “eu já sabia que ia dar tudo errado”. O pior é que de fato o “errado” acontece, justamente em razão de que o pensamento produz uma emoção, que é direcionada para um comportamento esperado.

Há ciladas nos pensamentos automáticos negativos, já que nos conduzem por atração aquilo que pensamos.E como perceber que estamos incorrendo em pensamentos automáticos negativos? Observando.
Observar e identificar não trará a ausência de pensamentos automáticos negativos, mas ajudam a reformular e equilibrar o que pensamos, na tentativa de não nos sabotar. Então, registre os pensamos automáticos, racionalize os mesmos e questione-se sempre.
Perceber e sentir são passos fundamentais que auxiliam a mediar os pensamentos. Devemos questionar as próprias verdades, reconstruindo as crenças e se abrindo para um mundo de possibilidades, onde podem não existir certos e errados, apenas diferentes pontos de vista.
Poderemos assim, de alguma forma transformar nossos pensamentos e emoções, já que aceitando quem sou, posso modificar como me comporto.






Pós-graduada em Direito Público, hoje estudante de psicologia e apaixonada pelo curso. Casada, servidora pública e uma leitora feliz de sites e livros. Desejo seguir uma nova carreira na psicologia ou aliar os conhecimentos jurídicos já adquiridos e adorados.