E agora? Que rumo tomar?
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E agora? Que rumo tomar?

Quem nunca se sentiu cansado com a rotina do dia a dia? Desgastado com as relações pessoais? Estressado e sem disposição para batalhar na vida profissional?

A maioria das pessoas, quando chega neste ponto, geralmente muda de emprego, se separa, enfim, causa uma revolução em suas vidas. Já se perguntaram por que isso acontece?

Eu acredito que a vida é feita de ciclos. Durante toda nossa existência, passamos por várias “mortes simbólicas”, ou seja, devemos morrer para renascer numa etapa seguinte de nossa vida. Pensem em quantas etapas vocês já encerraram em suas vidas! Fica mais fácil identificá-las quando pensamos que em cada final de ciclo existe um “ritual de passagem”.

Segundo o antropólogo J. M. Fericgla, temos vários rituais de passagem na civilização ocidental, como a primeira comunhão, que para os católicos antigamente era vista como uma transição da infância para a puberdade. Depois da primeira comunhão, os meninos ganhavam suas primeiras calças compridas e viravam “homenzinhos”, ganhavam também seu primeiro relógio, o que significava começar a ter o controle do seu tempo nas mãos.

Pensando assim, identificamos também o batismo, a festa de debutante, a formatura, o casamento. Todos esses rituais demarcam as etapas por que passamos na vida, e por isso são tão importantes.

Para vocês terem uma idéia de como são importantes, vou contar uma experiência pessoal que exemplifica bem esta questão.

Quando me formei em psicologia, em 1998, não tinha como pagar a festa de formatura, então decidi que tudo bem, afinal, não era tão importante assim. Pois acreditem, até hoje eu sonho, e são sonhos recorrentes, que eu não terminei a faculdade. Nos meus sonhos, estou sempre atrasada para aula, prestes a perder o ano e  totalmente perdida nas matérias. Eu sempre penso “puxa, quanto tempo ainda falta para eu me formar?”. Isso cria em mim uma angústia tão grande que eu sempre acordo aliviada!

Bom, mas voltando a revolução que os seres humanos causam em suas próprias vidas, acredito que elas seriam menos traumatizantes se as pessoas tivessem objetivos bem definidos. Aí, até aquela sensação de “trabalhar muito para nada” se transformaria em “esforços necessários para se alcançar um objetivo”. Ou seja, precisamos de um motivo para levantar todos os dias da cama e fazer o nosso melhor. Mas isso só é possível quando se tem uma meta a ser alcançada.

Por isso é muito importante se perguntar “onde eu quero chegar?” e só tomar atitudes radicais quando tiver certeza que aquele caminho vai levar ao seu objetivo.

E lembre-se, depois do ciclo encerrado, tentem não se arrepender do que passou, afinal quem constrói o futuro está muito ocupado para julgar o passado!

É isso por hoje! Bjos e até a próxima!






Lenia Queiroz é psicologia clínica, graduada em 1998 pela UNIP - Universidade Paulista. Analista Junguiana e terapeuta corporal, atua no atendimento de adultos e adolescentes em consultório particular e em projetos sociais em São Paulo. Atualmente morando em Madrid na Espanha, mantém atendimentos on line via Skype ou WhatsApp através do tel +5511 97221-9331 (Enviar WhatsApp).