Reflexos inatos do bebê

Quando ficamos exposto ao sol, involuntariamente o nosso corpo começa a transpirar suor. Ao ouvirmos um barulho muito forte, o coração dispara e o corpo sobressalta. Essas respostas são alguns exemplos dos chamados comportamentos reflexos ou reflexos inatos, pois são comportamentos involuntários dos quais já nascemos com ele.

Logo que o bebê nasce, os reflexos inatos têm um papel extremamente importante no seu desenvolvimento. É uma forma que o bebê tem de interagir com as pessoas ao seu redor, e é importante para sua sobrevivência nesta fase da vida. É dentro de um processo de comunicação, primeiro efetivo e motor, e depois emocional e verbal, que podemos entender o desenvolvimento global da criança.

Podemos observar que, assim que a mãe coloca seu seio para o recém-nascido mamar, é notável a resposta de sucção sem que tenha ao menos aprendido antes, o bebê começa a sugar tudo que toca a sua boca. Se colocar seu dedo na palma das mãos do bebê, o mesmo involuntariamente irá fechar as mãos e fazer força para levantar.

Grande parte dos reflexos inatos começam a desaparecer entre os seis a doze meses de vida. Porém, outros reflexos irão surgir, como os posturais (mudanças de reações e equilíbrio) e locomotores (reflexos de marcha, o andar). Reflexos como piscar, tremer, bocejar e dilatação da pupila, exercem uma função protetora, permanecendo durante toda a nossa vida.

As sensações e emoções também estão relacionadas aos reflexos inatos, já que alguns estímulos presentes no ambiente podem passar medo ou bem-estar ao bebê. É com base nos reflexos inatos que podemos observar seus comportamentos, seu ambiente e sua relação com os pais, ou seja, tudo aquilo que contribui para seu desenvolvimento físico e também psicológico.

Os reflexos inatos são uns dos itens avaliados no teste de Apgar, que é um método simples de medir a saúde de um recém-nascido nos seus primeiros momentos de vida, determinando se ele irá precisar ou não de assistência médica imediata.

O processo cognitivo se tem início nesses reflexos inatos do bebê e vai progredindo conforme as fases. Por exemplo, o balbuciar, que antes era algo divertido para o bebê, ao chegar no sétimo mês passa a ser futuras tentativas de palavras. Portanto é importante estimular o bebê com ações que possam promover seu desenvolvimento e atingir o máximo das suas potencialidades, pois a evolução do bebê depende do incentivo dos pais e familiares envolvidos.

Alguns bebês são mais ágeis ao desenvolver suas habilidades e outros são mais sensíveis a alguns desenvolvimentos. Por isso é necessário salientar a importância da interação dos pais com o bebê em ambos os casos. Os pais contribuem diretamente na relação com o ambiente e com a manifestação dos seus comportamentos. Todo afeto que os pais passam para o filho contribuem para sua formação, principalmente na relação entre a mãe e o bebê.

Sendo assim, estimular os reflexos do bebê ajuda a estabelecer uma importante comunicação primitiva com os pais. Podemos até fazer uma comparação com um jogo, onde os pais geram um estímulo e o bebê reage. Isso irá causar um resultado emocionante e admirável, ou até mesmo um suspense, pois as reações mudam com o tempo.

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Psicóloga Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho e Especialista em Políticas Públicas: Tecnologias, Diversidades, Inclusão e Acessibilidade. Atualmente cursando Especialização em Tecnologias Assistivas: Técnicas Assistenciais e Práticas de Ensino. Psicóloga Clínica atendendo todas as idades e perfis, sempre buscando soluções para os problemas emocionais, afetivos, depressivos e mentais, que ocorrem no aspecto pessoal, social, conjugal, familiar e profissional. Atendimento também para questões que envolvem maternidade, transtorno do espectro autista (TEA) e globais do desenvolvimento (TGD). Tel: (19) 993420684