Três Fatos sobre a Zona de conforto: Por que é tão difícil sair dela?

A zona de conforto é aparentemente segura. Nos “protege” daquilo que tememos. Funciona como via de escape para o que acreditamos ser perigoso. Nos proporciona certo “abrigo” em dias que consideramos maus, de crise e de inúmeras dificuldades a nossa volta, sendo essas razões muitas vezes utilizadas como artificio para permanecer no conforto e no acomodamento.  Mas ela possui três características que são fundamentais conhecermos melhor: ela é infértil, não possui caminhos e é viciante.

Isso mesmo! Ela é INFÉRTIL, pois nos impede de enfrentar nossos medos, receios e ansiedades, impedindo-nos também de superar obstáculos essenciais para nossa saúde emocional. Se tiver medo de dirigir, a maneira mais eficaz de perder esse medo é dirigindo, expondo-se ao “risco” que acredita ser o ato de dirigir (se for habilitado, obviamente).

A exposição nesses casos é fundamental para lidar com a ansiedade. Porém, a zona de conforto nos impede de plantar a semente da ATITUDE, nos ofertando um “falso” conforto, difícil de resistir. Desse modo, nada além do medo floresce e prolifera.

Se formos pensar nas grandes conquistas e avanços tecnológicos da humanidade, elas foram alcançadas por pessoas que não desistiram e alcançaram seus objetivos através da persistência, mesmo após fracassarem inúmeras vezes.

Sendo assim, a zona de conforto não produz “vencedores”! Sair dela, dependendo da situação e do tempo em que nela estamos é relativamente doloroso, pois requer ousadia e enfrentamento e isso significa enfrentar nossos medos, receios e ansiedade mais profundos.

Ela também NÃO POSSUI CAMINHOS. Aliás, o único caminho que ela possui é em círculos, nos levando sempre ao mesmo lugar. Precisamos caminhar! Haverá quedas e tropeços, mas é fundamental darmos o primeiro passo! No momento em que nos propomos a andar, os próprios caminhos se constroem, nos levando a lugares nunca antes habitados, lugares que nunca imaginamos estar. Mas, se ficarmos acomodados na zona de conforto, certamente dela não sairemos! Afinal…

…a zona de conforto também é VICIANTE. Quanto mais estamos nela, mais desejamos estar, devido à sensação de segurança que ela proporciona. Se tiver receio em se relacionar, seja por experiências dolorosas, ou quer crescer no emprego, mas tem receios de que não dê certo, cada vez mais seguirá na zona de conforto, pois ela oferece a segurança de não perder o emprego ou não se machucar em novos relacionamentos. Essa é a lógica em que ela funciona. É preciso desconstruir essa lógica e movimentarmo-nos em busca de nossos desejos, ousar mais, nos permitir!

Fuja dela e permita-se crescer e desenvolver como pessoa, acredite em seu potencial! Agora questiono: qual seria o primeiro passo para sair da zona de conforto? OUSAR! Ouse tentar fazer o que você deseja ou o que nunca fez! Querer é o primeiro passo! Enquanto estamos desconfortáveis, é bem provável que estamos crescendo em alguma área de nossa vida, partindo da ideia de que crescer também é um processo doloroso, mas essencial para nossa saúde emocional.






Psicóloga, gaúcha e acompanhada de um enorme desejo pela escrita, suas provocações e nuances. Para mim, a escrita possui múltiplos sentidos, ao passo que ela me permite analisar, constatar, indagar e perceber situações de modo diferente do habitual, saindo do "clichê" e habitando paisagens e caminhos ainda não desbravados, percorridos ou sentidos e isso vale também para a leitura. Escolhi também a Psicologia, justamente por ela me ofertar a possibilidade de ampliar o olhar frente às questões da vida. Trabalho atualmente em Consultório, onde realizo atendimento de crianças, adolescentes e adultos. Desenvolvo também, o Café com Psicologia, que trata-se de um projeto que busca aproximar as pessoas da Psicologia, a partir de encontros em diversas instituições e estabelecimentos, discutindo temáticas pertinentes à profissão. Busco assim, propagar ideias, desfazer certezas e construir caminhos.