Quando um casal se casa, quase todo mundo acredita que o amor “acabou” assim que começam os primeiros conflitos. A sensação é de que algo quebrou: se antes tudo fluía, por que agora qualquer conversa vira discussão?
A psicologia de casais trabalha há anos com a ideia de que relacionamentos de longo prazo passam por fases previsíveis — e que a parte tensa do caminho não é defeito, é etapa.
De forma geral, dá para enxergar o casamento como um ciclo com seis fases: encantamento, adaptação, choque de realidade, reconstrução, parceria madura e amor tranquilo.
Cada autor nomeia de um jeito, alguns falam em três etapas, outros em cinco ou seis, mas todos concordam em um ponto: existe um momento em que a ilusão cai e os defeitos aparecem em zoom.
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É aí que muita gente entra em pânico, acha que “casou errado” e começa a alimentar a ideia de separação.
A fase 1, do encantamento, é aquela em que o casal se acha perfeito, combina em tudo, ri das mesmas piadas, e qualquer diferença é vista como charme.
A química manda, o cérebro está inundado de hormônios de prazer e a sensação é de que, agora, a vida “engrenou”.
Conflito, aqui, é visto como ameaça: os dois fazem de tudo para evitar conversa difícil, justamente para não mexer nesse clima de filme romântico.
Na fase 2, da adaptação, as máscaras caem um pouco. A rotina aparece, as manias ficam mais visíveis, surgem divergências em coisas simples: dinheiro, horários, casa, família, jeito de trabalhar.
Ainda existe muito carinho, mas começam a aparecer incômodos que não somem sozinhos. Quem atravessa essa fase conversando, ajustando expectativa e combinando regras mínimas de convivência, chega mais preparado para o próximo passo.
A fase 3 é onde a maioria desiste. É o ponto da desilusão: as diferenças deixam de ser detalhe e viram pauta diária.
Vem o pensamento: “Será que errei na escolha?”, “Por que ele/ela não muda?”, “Se eu estivesse com outra pessoa, seria mais fácil”. É aqui que aumentam os conflitos, a sensação de distância emocional e a tentação de jogar tudo fora.
Vários modelos de relacionamento apontam que esse estágio é justamente aquele em que mais casamentos acabam, não porque o amor morreu, mas porque o casal acredita que conflito significa fracasso.
Curiosamente, pesquisadores como John Gottman — referência mundial em estudos de casamento — mostram que conflito é normal e inevitável, e que o que diferencia os casais que continuam dos que se separam é a forma como lidam com ele, não o fato de ele existir.
Ou seja: a fase 3 não é defeito do relacionamento, é o lugar onde o amor deixa de ser só emoção e começa a virar escolha, prática, conversa difícil, pedido de desculpa e ajuste de rota.
Quando o casal resiste à vontade de fugir nessa fase, entra na fase 4, de reconstrução.
Aqui os dois começam a baixar as armas, entendem melhor os limites um do outro, aprendem a discordar sem se destruir e percebem que ninguém vai “voltar a ser” aquela versão idealizada do começo.
Em vez de tentar transformar o parceiro em alguém imaginário, passam a negociar: o que eu cedo, o que você cede, o que é inegociável para cada um.
Com o tempo, isso abre espaço para a fase 5, de parceria madura, em que o relacionamento ganha cara de time: problemas externos passam a ser enfrentados lado a lado, não um contra o outro.
A intimidade deixa de depender do clima perfeito e começa a nascer da sensação de: “a gente já brigou, já se decepcionou, já quase desistiu… e ainda escolhe ficar”. É um tipo de amor menos teatral e mais concreto.
A fase 6 costuma vir com anos de história: é o amor tranquilo, cheio de códigos internos, piadas antigas e cicatrizes que viraram aprendizado.
Quem olha de fora vê “relacionamento fácil”; quem viveu por dentro sabe o quanto de conversa, frustração, terapia, perdão e recomeço existiu até ali. E é aí que a frase do começo faz sentido: na fase 3 você descobre se era amor ou só encanto.
Quem acredita que amor bom não enfrenta crise tende a ir embora. Quem entende que crise faz parte do caminho tem chance real de chegar às fases que quase ninguém vê.
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Fonte: Gottman Studies
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