1Não IA

“Esse tipo de agressão pode causar traumas capazes de afetar o desenvolvimento de crianças e jovens por toda a vida”, diz psicólogo sobre bullying

Insultos, agressões, desprezo. Estes atos de violência física e psicológica, exercidos de forma sistemática, configuram o bullying, termo derivado da palavra em inglês “bully”, que significa tirano, brutal. Este é um problema vivenciado pelas crianças e adolescentes nas escolas em todo o Brasil e suas consequências podem ser devastadoras para a saúde mental a longo prazo. “O bullying causa sentimentos de tristeza e inadequação e o contato com esse tipo de agressão pode causar traumas capazes de afetar seriamente o desenvolvimento de crianças e jovens por toda a vida”, diz Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT.
Ainda, segundo o especialista, o bullying pode levar ao suicídio, depressão e evasão escolar. “E a vítima não costuma contar para os pais, por isso é preciso que os adultos estejam sempre atentos”, alerta. “Os sinais mais claros são a tristeza e a depressão. Mudanças no cotidiano da criança e do jovem, como isolamento, insegurança, falta de proatividade e pouco apetite, também podem ser indícios de bullying”, conclui.
Colombini destaca ainda que a escola deve ser avisada, quando há a constatação das agressões. “Além disso, o acolhimento à vítima é fundamental e o acompanhamento psicológico, assim como a orientação parental, têm impactos positivos para ajudar a toda a família nessa situação”, afirma o psicólogo.

Como prevenir?

Filipe Colombini explica que as causas do bullying podem ser as mais diversas. “Vale refletir sobre o que torna alguém um agressor. A forma como a criança foi criada, a falta de limites, sua educação, tudo isso associado à traços de personalidade podem levar uma criança ou jovem a praticar bullying”, diz ele. Inclusive, na grande maioria das vezes, o agressor também pode ter sido vítima. Por isso, Colombini destaca a importância da relação familiar na prevenção ao problema. “Os pais devem ser mais responsivos, estando atentos e sensíveis aos problemas dos filhos, mas sem esquecer de estabelecer deveres e responsabilidades”, alerta.

Como tratar?

O Acompanhamento Terapêutico (AT), modalidade onde o psicólogo atua fora do consultório, diretamente no contexto do paciente, é bastante eficiente em situações de bullying. “Isso porque o terapeuta está nos lugares onde essa violência costuma acontecer”, explica Filipe. “E o profissional consegue estimular na criança ou no jovem o desenvolvimento de habilidades sociais que ajudam a lidar com estas agressões de forma mais consciente, manejando a situação de forma a minimizar danos”, conclui.

Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Psicologias do Brasil

Informações e dicas sobre Psicologia nos seus vários campos de atuação.

Recent Posts

Pesquisa revela como identificar propagandas de cassino enganosas

Descubra como os grupos de Telegram utilizam jogos de cassinos para golpes e a importância…

21 horas ago

9 hábitos que pessoas felizes após os 60 anos deixam para trás – e que você deveria adotar enquanto é jovem!

Envelhecer bem não tem a ver com caçar rugas no espelho, e sim com fazer…

2 dias ago

Qual é a idade do seu coração? Faça o teste criado por especialistas em apenas 3 minutos

Você se lembra da última vez que alguém perguntou sua idade e você respondeu sem…

2 dias ago

Condenada ao pelotão de fuzilamento, mulher faz pedido final que choca até os carcereiros

Numa cela abafada de Kerobokan, a britânica Lindsay Sandiford passou os últimos 12 anos contando…

2 dias ago

Demorou dois anos pra estrear — e bastou uma semana na Netflix pra virar sensação nacional

Com roteiro baseado em um sucesso do Wattpad e fãs esperando há tempos, Através da…

1 semana ago

Essa produção da Netflix tem menos de 90 minutos — e vai bagunçar sua cabeça por dias

Charlie Kaufman não faz filmes para assistir no piloto‑automático. Em Estou Pensando em Acabar com Tudo…

1 semana ago