Durante anos, o jejum intermitente foi vendido como uma solução quase mágica para perder peso e melhorar a saúde. A promessa era tentadora: emagrecer sem precisar seguir dietas extremamente restritivas todos os dias. A ideia parecia simples, prática e — claro — virou moda. Mas agora que estudos de longo prazo começam a apresentar seus resultados, novas informações colocam em xeque os benefícios estéticos dessa prática. E uma delas afeta diretamente algo que muita gente valoriza: o cabelo.
De forma geral, o jejum intermitente consiste em alternar períodos em que se pode comer normalmente com janelas de jejum, que variam de algumas horas até mais de um dia. Nessas janelas, a ingestão de calorias é drasticamente reduzida ou eliminada. A proposta é “enganar” o corpo, evitando que ele entre no chamado “modo de economia”, que costuma dificultar a perda de peso durante dietas prolongadas.
Mas os estudos mais robustos já disponíveis mostram que, em termos de emagrecimento e saúde metabólica, o jejum intermitente não é mais eficaz do que outras dietas de baixa caloria feitas de maneira contínua. Ou seja: o sucesso ou fracasso da dieta parece depender muito mais de cada pessoa e da sua relação com a comida do que do método escolhido.
Um estudo recente feito na China, pela Universidade Westlake, chamou atenção para um possível efeito colateral estético do jejum intermitente: a queda ou enfraquecimento capilar. No experimento, pesquisadores rasparam a cabeça de cerca de 50 ratos e os dividiram em grupos com diferentes restrições alimentares (jejum de 8, 16 ou 48 horas), além de um grupo que pôde se alimentar livremente.
O resultado foi surpreendente: os ratos que comeram sem restrição recuperaram os pelos normalmente. Já os que estavam em jejum tiveram o crescimento capilar drasticamente retardado — mesmo após mais de três meses.
A explicação ainda está longe de ser definitiva, mas os cientistas levantam algumas hipóteses. Uma delas é que o crescimento dos cabelos exige uma nutrição constante e equilibrada. Ao reduzir a ingestão de nutrientes por longos períodos, o corpo pode acabar priorizando outras funções vitais, deixando o crescimento capilar em segundo plano.
Outra possibilidade é que, ao depender mais de gordura como fonte de energia (em vez da glicose), o organismo libere substâncias que, inadvertidamente, prejudiquem a saúde dos folículos capilares.
Vale lembrar que esse estudo foi feito em animais, e os efeitos em humanos ainda estão sendo investigados. Mesmo assim, o alerta está lançado: embora o jejum intermitente possa funcionar para algumas pessoas, ele não está isento de possíveis efeitos colaterais — inclusive sobre a aparência.
Em resumo, o jejum intermitente pode, sim, ser uma ferramenta útil para algumas pessoas, mas não é uma solução universal — e tampouco milagrosa. Agora que os primeiros estudos de longo prazo estão sendo divulgados, é importante considerar todos os prós e contras, inclusive os que afetam a estética. Se notar alterações no cabelo ao seguir esse tipo de dieta, talvez seja hora de repensar a estratégia ou buscar orientação profissional.
Porque de nada adianta perder peso se, junto com ele, for embora o brilho do seu cabelo.
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