Vitória ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada morta nesta quarta-feira (5) | Reprodução/Redes sociais
Nesta sexta-feira (7), a Polícia Civil intensificou as buscas por três suspeitos envolvidos no assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 19 anos, encontrada morta na última quarta-feira (5) em uma mata na região de Cajamar, na Grande São Paulo. A jovem estava desaparecida há uma semana e foi localizada nua, degolada e com os cabelos raspados, em um crime que chocou a comunidade local.
A principal linha de investigação da polícia é que o autor do crime, um homem chamado Daniel, tem um relacionamento com um ex-namorado da vítima, Gustavo Lira, e teria ciúmes de Vitória. Daniel teria contado com a ajuda de outros dois comparsas para cometer o crime. Os três estão foragidos e são procurados pela polícia.
Há ainda a suspeita de que Daniel tenha ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme destacou o delegado Aldo Galiano Junior, da Delegacia Seccional de Franco da Rocha. A hipótese foi levantada devido às características do crime, como a raspagem dos cabelos da vítima, prática comum em execuções realizadas por facções criminosas. “A raspagem do cabelo costuma ser um sinal das facções, de mandar um recado”, explicou o delegado.
O ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes, chegou a ser alvo de um pedido de prisão pela polícia na quinta-feira (6), devido a inconsistências em seu depoimento. No entanto, a Justiça negou o pedido, alegando falta de provas concretas que o ligassem ao assassinato.
Vitória, que morava em Cajamar e trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping no centro da cidade, costumava voltar para casa à noite e era buscada pelo pai no ponto de ônibus. No dia do desaparecimento, o carro da família estava quebrado, e ela teve que fazer o trajeto sozinha.
O percurso, que durava cerca de uma hora, exigia que ela pegasse dois ônibus. Enquanto aguardava o primeiro, Vitória enviou mensagens a uma amiga expressando medo. “Tem uns meninos aqui do meu lado, tô com medo”, escreveu. Imagens de segurança mostram a jovem no ponto de ônibus, acompanhada por dois homens, que embarcaram no mesmo coletivo.
Pouco depois, Vitória tentou tranquilizar a amiga, afirmando que os suspeitos não haviam descido no mesmo ponto que ela. No entanto, testemunhas relataram que um carro parou próximo ao local onde a jovem desceu, em uma estrada de terra no bairro de Ponunduva. Os ocupantes do veículo chamaram Vitória de “vida”, o que a deixou assustada, conforme relatado em áudios enviados à amiga.
O veículo foi localizado e periciado pela polícia, que utilizou o sistema Afis para identificar possíveis impressões digitais que possam ligar os suspeitos ao crime. As investigações continuam, e a polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos seja repassada às autoridades.
O caso de Vitória Regina de Sousa reacendeu o debate sobre a segurança pública na região e a violência contra as mulheres, mobilizando a comunidade local em busca de justiça.
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Com informações do SBT News.
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