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Pessoas que não foram muito elogiadas na infância tendem a apresentar esse comportamento segundo a psicologia

A infância é uma fase determinante para o desenvolvimento emocional, e o incentivo positivo que uma criança recebe pode impactar profundamente sua trajetória. No entanto, a falta de elogios e reconhecimento nesse período crítico pode deixar marcas profundas que se manifestam na vida adulta, afetando autoestima, confiança e a capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis.

O Peso da Ausência de Reconhecimento

Crianças que crescem sem receber atenção ou incentivo emocional tendem a se tornar adultos inseguros e com baixa autoestima. Segundo especialistas, essas pessoas costumam ter dificuldades para reconhecer seu próprio valor, desenvolver autonomia ou lidar com frustrações. Isso pode se traduzir em relacionamentos dependentes e medo constante de rejeição ou solidão.

Além disso, a ausência de elogios na infância muitas vezes cria padrões de comportamento que se repetem na fase adulta. Sem referências positivas, esses indivíduos podem se tornar pais igualmente distantes emocionalmente, perpetuando um ciclo de desatenção e falta de incentivo com seus próprios filhos.

“Os pais devem entender que conseguir deixar o filho independente é um processo longo e exige muita dedicação”, afirma a psicóloga Teresa Helena Schoen-Ferreira. Para ela, o reconhecimento adequado é essencial para construir uma base emocional sólida e evitar que sentimentos de inadequação se desenvolvam ao longo da vida.

Dependência por Validação Externa: O Outro Lado da Moeda

Embora a falta de reconhecimento traga prejuízos, é preciso cuidado para não cair no extremo oposto. Elogios excessivos ou avaliativos – como dizer “Você é incrível” a todo momento – podem criar uma dependência emocional por validação externa. Crianças que crescem ouvindo esse tipo de elogio frequentemente acabam medindo seu valor pessoal pela aprovação dos outros.

Por isso, o método Montessori sugere a utilização de elogios descritivos, que são mais eficazes e saudáveis. Em vez de focar apenas no resultado ou fazer julgamentos, essa abordagem valoriza o processo e o esforço, incentivando a reflexão e o pensamento crítico.

Exemplo: ao ver uma criança desenhar, ao invés de dizer “Que lindo!”, uma alternativa seria: “Você desenhou uma casa com três janelas e uma porta vermelha. Como você fez as nuvens parecerem tão reais?” Esse tipo de comentário demonstra atenção ao detalhe e reforça a capacidade da criança de valorizar suas próprias realizações, sem depender de uma recompensa imediata.

Como Evitar os Extremos e Promover a Autonomia

A chave, segundo especialistas, está no equilíbrio: elogiar de forma sincera e descritiva, sem exageros. Isso permite que a criança desenvolva confiança em suas habilidades e aprenda a se orgulhar de seus esforços, não apenas dos resultados. Esse tipo de incentivo ajuda a criar adultos emocionalmente seguros e menos suscetíveis à busca constante por aprovação externa.

Crianças que recebem elogios equilibrados e descritivos crescem sabendo que são capazes e que seus esforços são valorizados. Mais importante, aprendem a se autoavaliar e lidar com desafios de maneira independente.

Um Futuro Construído na Infância

O impacto emocional do que vivemos na infância reverbera por toda a vida. Pais e responsáveis têm a oportunidade de moldar crianças mais confiantes, preparadas para enfrentar os desafios da vida adulta e capazes de cultivar relações saudáveis. O equilíbrio entre incentivo e autonomia é essencial para romper ciclos negativos e construir um futuro mais positivo.

O apoio e a dedicação dos pais são fundamentais para formar indivíduos independentes e emocionalmente saudáveis. Nesse sentido, é possível afirmar que um elogio dado na medida certa tem o poder de transformar vidas e criar um legado de segurança e autoestima para as próximas gerações.

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Fonte: Minha Vida.

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