Quem acompanha as listas de tendência da Netflix talvez tenha notado um título árabe surgindo entre produções norte-americanas e europeias: Paranormal, primeira série original do Egito no catálogo global da plataforma.
A trama viaja até 1969, época em que os prédios art déco do Cairo dividiam espaço com teorias médicas que ainda engatinhavam – cenário perfeito para eventos que ninguém consegue explicar com bisturi ou microscópio.
A produção nasce dos romances de Ahmed Khaled Tawfik, autor cultuado no Oriente Médio, conhecido por injetar folclore local em histórias cheias de suspense.
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A adaptação condensa parte dos 81 volumes da saga Ma Waraa Al-Tabiaa em seis episódios que flertam com lenda urbana, investigação científica e drama psicológico.
Por trás das câmeras, o diretor Amr Salama manteve a estrutura de “caso da semana”, mas costurou um arco maior que espreme o protagonista em dilemas pessoais e dilemas sobrenaturais na mesma medida.
O centro da série é o Dr. Refaat Ismail, hematologista com senso de humor seco e zero paciência para explicações místicas. A vida dele dá guinada quando velhos colegas de faculdade aparecem com histórias de aparições, maldições e vozes que atravessam paredes.
As visitas do “mundo paralelo” seguem um padrão: sempre testam o ponto fraco de Refaat, seja uma culpa antiga, seja um medo infantil enterrado. O roteiro, portanto, brinca com dois níveis de tensão – o susto imediato e a ferida emocional que ressurge.
Cada capítulo mergulha em uma fábula diferente. No piloto, o mito da Naddaha (criatura que canta à beira do Nilo) transforma um jantar elegante em caos.
Depois, uma relíquia faraônica supostamente maldiçoada coloca o hospital onde Refaat trabalha em quarentena – e o público descobre que nem todos os pacientes ali perderam sangue por causas naturais.
O episódio mais comentado no Twitter, porém, traz um labirinto de espelhos em Fayum, locação que a própria equipe de arte egípcia restaurou para as filmagens.
Visualmente, Paranormal abraça filtros amarelados, fotografia granulada e figurinos de época, recursos que transportam o espectador para um Egito pré-tecnologia digital.
No som, guitarra elétrica e alaúde se revezam para criar trilha que alterna batidas de rock árabe com silêncios desconfortáveis.
E, embora a série entregue sustos pontuais, o maior atrativo é ver um cientista ultrarracional perder o chão sempre que a lógica falha – algo que, convenhamos, pode acontecer a qualquer um de nós quando as luzes se apagam.
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