Por MARIA FERNANDA CARVALHO
Desde nosso nascimento, somos lançados no mundo em desamparo e sem apoio e referência a valores; pois somos nós que devemos criar nossos valores por nossa própria liberdade e sob nossa responsabilidade no vir a ser.
A Filosofia existencialista é centrada na existência e no homem, sendo assim é aquilo que cada um faz de sua vida, nos limites das determinações físicas, psicológicas ou sociais que pesam sobre ele e tendo como foco central do existencialismo a liberdade, pois cada indivíduo é definido por aquilo que ele faz de si mesmo.
A experiência em terapia do “eu sou” como pautada no discernimento do ser que enfrenta o “não ser” vem de uma ansiedade neurótica onde se entende que a ansiedade surge da necessidade de sobreviver e preservar o ser, ela é mais básica do que o medo. A terapia ajuda a enfrentar a ansiedade de modo criativo e dos sentimentos de culpa, onde a culpa neurótica decorre da fantasia e de transgressões. Outras formas de culpa dizem respeito a aspectos éticos de nossa conduta, culpa, por exemplo, de fracassar em usar a própria potencialidade.
A pessoa só pode ser compreendida em sua inserção fenomenológica no mundo, do modo como se desvela, se imagina e participa do mundo, com isso muitos distúrbios afetam a noção de tempo do que a noção de espaço. “O tempo é o coração da existência”, pois é com o tempo que a capacidade de trazer o passado para o presente pode liberar o ser para agir no futuro. Transcender o passado e o presente para alcançar o futuro é a capacidade para usar os símbolos, abstrair e transcender os limites, como o tempo e o espaço.
A maneira de pensar com a percepção do presente e encontrar resíduos do passado podem lidar com o subjetivamente sentido e objetivamente observado, assim se dará a tomada de consciência, onde focaliza o perceber, o sentir e agir (não o interpretar) e o insight (formar gestalts, fatores relevantes da realidade que se encaixam numa noção de figura e fundo) e observar o processo (de tomada de consciência).
Assim baseada na perspectiva existencial onde a existência da pessoa, assim como os seus relacionamentos, suas alegrias e suas tristezas, tudo que esteja relacionado com a experiência, ou seja, no lidar com o subjetivamente sentido e objetivamente observado se valoriza a expressão autêntica do ser, a expressão mais verdadeira do self, o que significa tornar-se responsável por si mesmo. No desvelamento do que se é, a tomada de consciência auxilia a fazer escolhas e organiza a experiência. Há uma descoberta contínua de si. O ser humano é inacabado. Não há essência, como algo que é determinado ou fabricado para ser desse jeito ou dessa forma, a existência não tem forma, não há controle sobre ela, a vida tal como ela é sem certezas e sem sentido não dará uma forma de bolo para entrar no forno e sair bonito e gostoso, a existência é sim uma descoberta de novos horizontes, novos problemas, novas oportunidades e novas possibilidades do ser como vivente no mundo e no aqui e agora.
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