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500 dias com ela; o amor sem idealizações.

Por Bruno Inácio

 

Fugir do óbvio pode se tornar algo extremamente interessante ou condenado ao fracasso, pois quando se evita o clichê, o resultado geralmente ou é muito bom ou muito ruim, sem meio termo. No caso de 500 Dias com Ela, filme de Marc Webb (sim, o mesmo de O Incrível Homem-Aranha), o resultado não poderia ter sido melhor.
Além de a história ser contada de forma não linear – algo que particularmente gosto muito, desde que li Virginia Woolf – a comédia romântica evita o óbvio ao mostrar o amor do jeito que ele é: sem idealizações. Não é mais um filminho da menina desajustada que fica com o garoto mais popular da escola, ou dos melhores amigos que magicamente se descobrem apaixonados e ficam felizes para sempre.
Como já é dito na abertura do filme, não se trata de uma história feliz, o que já é um aspecto interessante, porque na vida nem todas as histórias são felizes, por que então retratá-las dessa forma nas telonas?
Tom (Joseph Gordon-Levitt) e Summer (Zooey Deschanel) aparentemente formam o casal perfeito, mas acontece que eles não ficam juntos no fim da história. É triste, mas acontece todos os dias, em vários lugares, com inúmeros casais “perfeitos”.
Os dois podem gostar das mesmas músicas, partilhar os mesmos sonhos, trocar o mesmo olhar apaixonado, mas ainda assim não ter um final feliz. Às vezes um pode estar em um momento da vida totalmente oposto ao do outro; às vezes um pode almejar novos horizontes; e às vezes o amor pode acabar. Sim, ele acaba. E o pior é que é possível que isso aconteça apenas para uma das pessoas.
E é exatamente o que é retratado em 500 Dias com Ela. Summer havia deixado claro que não gostaria de se envolver. Tom pensou que conseguiria mudar isso, mas não o fez. Outra pessoa, entretanto, conseguiu. É fato que mesmo as pessoas que afirmam que não querem se envolver podem, sim, mudar de ideia, desde que encontrem a pessoa adequada para isso. Tom pensou que seria ele, mas não foi.
500 Dias com Ela mostra, ainda, que uma pessoa nunca deixa a outra por completo. Um relacionamento – com troca de conhecimento, experiência e visões do mundo – transforma as pessoas envolvidas, que nunca mais voltam a ser como antes. Tom mudou a vida de Summer, que mudou a vida de Tom. Pouco importa se ficaram juntos. No fim, o impacto que uma pessoa causa na vida da outra é tão grandioso quanto o amor que vivenciaram juntas.

TEXTO ORIGINAL DE OBVIOUS

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