1Não IA

Avós que ajudam a cuidar dos netos vivem por mais tempo

Por Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante

Ajudar na vida familiar é um ótimo jeito de garantir uns anos a mais na velhice, segundo um novo estudo feito na Alemanha.

Os pesquisadores analisaram a vida de 500 pessoas, entre 70 e 103 anos de idade, que foram acompanhadas pelo Estudo de Envelhecimento de Berlin ao longe de 19 anos.

pesquisa analisou, em primeiro lugar, qual era a diferença na taxa de mortalidade entre os avós que ajudavam a cuidar dos netos, participando da educação deles, e dos avós que não tinham netos ou não conviviam com eles.

(O estudo não considerou avós que têm a custódia das crianças e são os principais responsáveis por elas – a ideia era focar na figura dos avós como figuras de suporte das pais das crianças.)

Os resultados mostraram que conviver com netos e cuidar deles reduzia em 37% o risco de mortalidade. Metade do grupo dos avós presentes viveu por dez anos depois do início da pesquisa. No grupo oposto, 50% deles só chegou a sobreviver mais 5 anos.

Entre os idosos que não tinham netos, os cientistas fizeram uma segunda análise. Dessa vez, dividiram os velhinhos entre aqueles que ajudavam os filhos – seja com suporte emocional, seja nas tarefas de casa – e aqueles que não tinham esse hábito (ou não tinham filhos). Novamente, viram uma média de sobrevida 5 anos maior do que entre os idosos que não mantinham esse laço.

Mas se a pessoa não tem filhos ou netos, está destinada a morrer mais cedo? Os pesquisadores não acham que é bem assim. Na terceira etapa do estudo, se dedicaram exclusivamente a esse grupo de idosos – e perceberam que muitos deles se propunham a ajudar e apoiar amigos e vizinhos, criando um outro tipo de comunidade.

Nesse caso, a sobrevida média foi de sete anos, em contraste com 4 anos entre os idosos que não mantinham essa relação colaborativa com os filhos.

Os pesquisadores acreditam que conviver com a família – e ter responsabilidades dentro dela – ajuda os idosos física e psicologicamente, mas a teoria vai muito além disso.

Eles também acham que o estudo sustenta uma teoria evolutiva chamada Hipótese da Vovó.

Essa teoria tenta explicar porque os seres humanos vivem tanto tempo depois da sua fase fértil acabar. Isso não é muito comum na natureza porque, evolutivamente falando, nossa função é a reprodução e a manutenção da espécie.

Os avós que ajudam a cuidar dos filhos mudam esse paradigma: uma mãe menos ocupada com um bebê pode voltar a “curtir” – e se reproduzir – mais rápido e gerando uma prole ainda maior.

A hipótese da vovó dá sentido evolutivo às senhorinhas que tanto amamos e, de quebra, ajuda a explicar porque os seres humanos são monogâmicos.

***

Fonte indicada: Revista Exame

Psicologias do Brasil

Informações e dicas sobre Psicologia nos seus vários campos de atuação.

Recent Posts

Pessoas com este traço de personalidade são mais propensas a insônia

Você sabia que certos traços da sua personalidade podem influenciar diretamente sua qualidade de sono?…

15 horas ago

Roberta Miranda revela vício e psiquiatra alerta: “A pessoa perde o controle”

A cantora Roberta Miranda surpreendeu seus fãs ao revelar um capítulo delicado de sua trajetória.

18 horas ago

O que a psicologia diz sobre pessoas que sempre vão embora das festas mais cedo

Descubra o que a psicologia diz sobre quem prefere "sair à francesa" de festas e…

1 dia ago

Nova série romântica da Netflix é o passatempo perfeito para quem quer fugir dos problemas

Esta nova série da Netflix é a aposta certeira para aqueles que sentem falta de…

2 dias ago

Filme muito aclamado por crítica e público chega à Netflix e encanta os assinantes

Drama emocionante com ator vencedor do Oscar acaba de chegar à Netflix e está conquistando…

3 dias ago

5 traços de personalidade de pessoas que conversam com pets, segundo a Psicologia

Você conversa com seu pet? A ciência revela 5 traços surpreendentes de quem faz isso…

3 dias ago