Categories: SAÚDE MENTAL

Conheça os transtornos de personalidade mais comuns

Por Camilla Muniz

Ele não é um assassino em série, tampouco já ficou preso em uma cadeia psiquiátrica. Mesmo assim, seu chefe — ou seu vizinho, quem sabe — pode ser um psicopata. Diferentemente do que mostram os filmes, psicopatia, nas atuais classificações médicas, se refere a transtornos de personalidade, distúrbios psíquicos capazes de causar sofrimento ao indivíduo e a quem está a seu redor. Pessoas com comportamentos desse tipo podem estar no ambiente de trabalho, no bar, na escola ou até dentro de casa. Saber conviver com elas é importante para se proteger nas relações, como ensina a psiquiatra Katia Mecler no livro “Psicopatas do cotidiano” (Casa da Palavra).

Na obra, a especialista lista os dez transtornos mais frequentes. Quem sofre de qualquer um desses problemas passa a impressão de que algo está fora da ordem: são pessoas que manipulam, seduzem, desconfiam demais ou são excessivamente carentes, por exemplo. Além disso, guardam em comum a relutância em admitir a necessidade de tratamento e a responsabilidade por um mal-estar no convívio interpessoal: para elas, o inferno são sempre os outros.

— Com o jeito de ser inflexível, os “psicopatas do cotidiano” injetam sentimento de culpa, impotência e inadequação naqueles que estão no seu entorno — explica Katia Mecler, que também é coordenadora do Departamento de Ética e Psiquiatria Legal da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Para que determinados traços de personalidade tipifiquem um transtorno, é preciso que a pessoa apresente comportamentos danosos repetidamente (ou seja, não apenas em uma época) desde o fim da adolescência ou o início da vida adulta. É nessa fase que tais distúrbios costumam aparecer.

— A prevalência de transtornos de personalidade na população mundial é de 10%. A mera presença de uma característica (típica de um problema psíquico), sem trazer tantos prejuízos, não define a doença — esclarece a médica.

Para o psiquiatra Gabriel Bessa, do Hospital Estadual Pedro II, a melhor forma de se proteger de “psicopatas do cotidiano” e se poupar de sofrimento nas relações é identificar seus próprios limites.

— Não há como mudar os outros. Então, o que cada um pode fazer para melhorar o convívio é conhecer a si mesmo. Quando o relacionamento com o eu está bem cuidado, a pessoa fica menos vulnerável para ser manipulada — ressalta.

Outras medidas importantes são não tomar como pessoais as atitudes de quem apresenta alguma psicopatia e evitar confrontos desnecessários.

— Existe tratamento para esses transtornos, mas ele só é eficaz se o paciente admite o problema. Em geral, ele busca ajuda apenas se houver distúrbios associados, como depressão e ansiedade — diz Katia.

Psicologias do Brasil

Informações e dicas sobre Psicologia nos seus vários campos de atuação.

Recent Posts

Especialistas dizem ter encontrado um novo perfil de personalidade que não é introvertido nem extrovertido

Nova categoria de personalidade surpreende psiquiatras e quebra a lógica introvertido/extrovertido 🤔

4 dias ago

Harvard revela a atividade física considerada ‘perfeita para a vida toda’ — e não é a que você pensa

Essa atividade simples foi eleita por Harvard como a melhor para praticar pelo resto da…

4 dias ago

Psicóloga revela por que quem só usa WhatsApp e evita ligações tem mais controle emocional e mental

📲 Preferir WhatsApp a ligação pode revelar inteligência emocional mais alta, diz psicóloga

6 dias ago

A frase de 2 palavras que acalma qualquer criança em segundos — e a neuropsicologia explica por quê!

A frase de apenas 2 palavras que regula o cérebro infantil em segundos — revelação…

6 dias ago

“Detox vacinal” virou caso de polícia? Ministério da Saúde expõe riscos e fraude por trás da prática!

Ministério expõe farsa do “detox vacinal”: zero eficácia, riscos reais e possibilidade de crime 🚨

6 dias ago

Quando tudo desaba: existe atendimento imediato para te amparar

Se você precisa de ajuda hoje, há atendimento psicológico imediato pronto para acolher seu momento.…

1 semana ago