Por Edith Casal
O perdão é um processo complexo que exige que você coloque em jogo muitos dos seus recursos emocionais. Dificilmente ele é produzido de forma espontânea, principalmente se a ferida tiver sido profunda. Por isso é normal que seja muito difícil perdoar. O ruim é que este rancor pode acabar afetando seriamente a sua saúde e o seu bem-estar.
Às vezes pode dar a sensação de que a dor física não tem explicação, mas não é bem assim. Você não imagina quantas dores no corpo são realmente causadas pela mente e pelas emoções.
Os consultórios médicos permanecem lotados de pessoas que procuram alívio para essas doenças, e na maior parte das vezes, só encontram uma receita que mascara os sintomas. O problema é que, quando a causa de alguns sintomas não é evidente e eles, em princípio, não são preocupantes, muitas vezes não se destina muitos recursos para encontrar sua origem.
Tudo aquilo que está na mente repercute no corpo. A razão é muito simples: praticamente todo o nosso organismo está associado ao sistema nervoso. Este, por sua vez, é o encarregado de perceber e processar as emoções. Assim, quando as emoções e/ou os pensamentos estão alterados e não são processados, se manifestam de igual forma.
Muitas vezes isto ocorre em forma de desconforto ou de dor física em alguma parte do corpo. Uma dor para a qual nenhuma causa visível é identificada em nenhum tipo de exame que busque uma alteração fisiológica. Algo que pode desesperar o paciente, mas que também pode deixar o médico aflito se ele não estiver familiarizado com as doenças funcionais.
Os estudiosos do tema foram capazes de estabelecer uma relação clara entre a dor física e processos emocionais, como o perdão. Falamos do perdão porque se trata de um destes processos emocionais complexos, que evocam emoções muito potentes e difíceis de digerir. Está relacionado com a ira, a tristeza, a paranoia e o rancor. Por isso ele pode causar graves danos emocionais, mas também se manifestar como dor física.
O corpo grita o que a palavra cala. Não perdoar é viver no passado, atados a um sentimento que não evolui. Um rancor mascarado que se estanca e se alimenta de uma forma muito negativa. Alguns dizem que é como ter um carvão ardendo entre as mãos, à espera do momento oportuno para arremessá-lo a essa pessoa pela qual se sente rancor. O dano é maior a quem o segura do que à outra pessoa.
Existem determinados órgãos do corpo que estão especialmente relacionados com as marcas e os vestígios de um perdão que ainda não foi produzido. A garganta, o sistema respiratório, o pescoço, os tornozelos, as costas, entre outras, são partes do corpo que, quando doem sem razão aparente, podem indicar a existência de um processo de perdão que não foi concluído.
É bom que você esteja atento a estas dores físicas que aparecem e desaparecem de forma reiterativa, sem que haja uma razão específica para que isso ocorra. O mais provável é que se trate de emoções não resolvidas, em particular de um perdão que não foi outorgado. O seu corpo fala do perdão da seguinte forma:
O corpo é como um mapa no qual se pode seguir a rota destas emoções que estão contidas, que não foram expressadas. Não somos apenas um organismo, ou apenas uma mente. A mente e o corpo estão unidos, eles se complementam, influenciam um ao outro de forma mútua. Por isso, quando há uma dor física, sempre se deve refletir sobre o componente emocional que pode estar associado a ela.
Imagem de capa: Shutterstock/ChristianChan
TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA
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