Santo e millennial na mesma frase já chama atenção. Carlo Acutis, canonizado em setembro, viveu só 15 anos, mas deixou um rastro que atravessou a internet e chegou aos altares. Em vez de tratar tecnologia como distração, ele a transformou em ferramenta de evangelização — e é por isso que tanta gente jovem se enxerga na história dele.
Nascido em 1991, Carlo gostava do que muitos adolescentes curtem: games, programação, filmagens caseiras e sites. A diferença é que ele colocou esse repertório a serviço de um projeto concreto: mapear e divulgar milagres eucarísticos em uma página que ele mesmo organizava, com fotos, textos curtos e linguagem acessível.
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Para amigos e colegas de escola, era o “cara da informática” que também se oferecia para ensinar catequese, visitar pessoas em situação de rua e ajudar quem precisava — sem holofote, no ritmo do cotidiano.
O diagnóstico de leucemia chegou de forma fulminante. Mesmo no hospital, Carlo manteve o tom prático que sempre teve: pediu que suas economias fossem doações e dizia que o céu era “a verdadeira meta”.
Morreu com 15 anos, e foi a partir daí que a devoção em torno de seu nome cresceu, primeiro localmente, depois em outros países, puxada por testemunhos e pelo conteúdo que ele havia deixado on-line.
Para quem gosta de entender “como se chega à santidade” na Igreja Católica, o caminho segue etapas bem definidas. Primeiro vem Servo de Deus (abertura do processo e coleta de documentos).
Confirmada a virtude heroica, recebe o título de Venerável. Com um milagre reconhecido, acontece a beatificação (torna-se Beato). Um segundo milagre atribuído à intercessão do candidato abre a porta para a canonização — quando o Papa declara o fiel Santo para toda a Igreja.
No caso de Carlo, os milagres que embasaram o processo ficaram conhecidos pela ampla documentação. Um deles está ligado à cura de uma criança no Brasil, após oração dirigida a Carlo; o outro, à recuperação de uma jovem na Costa Rica em circunstâncias que médicos consideraram sem explicação — ambos analisados por médicos, teólogos e cardeais antes da decisão final. Esses procedimentos seguem um padrão técnico: prontuários, exames, depoimentos e votação em comissões independentes.
A preparação das relíquias e do corpo também costuma gerar curiosidade. Em Assis, onde Carlo está sepultado, houve traslado para um local com maior acesso aos fiéis. A exposição seguiu normas de conservação: vestes litúrgicas, urna selada e proteção do túmulo para visitação segura. As relíquias distribuídas em paróquias e santuários são classificadas por grau (por exemplo, fragmentos de roupa, cabelo ou objetos de uso pessoal), sempre acompanhadas de autenticação canônica.
O simbolismo do “santo da era digital” não é marketing: Carlo mostrou que conteúdo de fé também pode nascer de HTML, câmera simples e planilha. O atrativo da sua história está na coerência: jovem comum, rotina escolar, amigos, e um projeto na web que facilitou o acesso de muita gente a temas que, antes, ficavam restritos a livros especializados.
No fim, o convite que sua biografia deixa é direto: viver a espiritualidade com as ferramentas do tempo presente, sem peso de discurso, com gestos concretos — on-line e fora da tela.
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