É importante considerar que a prática da espiritualidade é um modo de ajudar as pessoas em busca da cura, pois existem religiões com intensos valores terapêuticos, que orientam seus fiéis na direção do autoconhecimento e de sua importância na criação divina.
As religiões que buscam a realização humana se constituem como aquelas que constroem “pontes” para religar o ser ao espírito de Deus, porque são conduzidas de forma honesta pelos clérigos, que compreendem que a espiritualidade é anterior à institucionalização das crenças, e do ponto de vista teológico não exaltam o sofrimento e o sacrifício mais que o amor.
A espiritualidade é a práxis do cuidado com a alma, que nos dá o entendimento de que somos seres transcendentais à vida terrena, e nos auxilia a refletir de onde viemos e para onde vamos. Ela é uma fonte de virtudes e valores para a nossa mente e corpo, que fortalece a nossa criatividade e vitalidade de conviver com os nossos semelhantes.
Portanto, espiritualizar-se é trilhar um caminho não egoísta e nem excessivamente altruísta, que nos abastece de energias positivas para viver melhor na escola, no trabalho, na família e na comunidade, obtendo a serenidade nessas relações.
Por isso, o exercício da espiritualidade é saudável ao nosso psiquismo, visto que o poder castrador de nossa sociedade não é só de ordem sexual, mas espiritual. É como está escrito no livro de Gálatas, do Novo testamento: “Mas o fruto do espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.”
Sendo assim, cristãos, judeus, islamitas, budistas, hinduístas e outros podem desenvolver sua espiritualidade vinculadas às suas religiões, já que a fé de cada um se baseia em rituais, que conectam com o numinoso, desde que não seja de maneira neurótica ou psicótica.
É indiscutível a influência da espiritualidade em nossa vida, contribuindo no discernimento do que é certo ou errado, que nos fornece o ponto de equilíbrio para enfrentar os momentos difíceis que vivemos. É como disse o terapeuta e sacerdote Jean-Yves Leloup: “Se a minha religião me torna mais inteligente, mais amoroso, mais vivo e mais livre, ela é fruto do espírito”.
Enfim, a espiritualidade ligada a uma religiosidade psiquicamente sadia incorpora os princípios, que bloqueiam os nossos instintos de morte, como: a violência, o preconceito, o fanatismo e a cobiça. E fortalecem os nossos instintos de vida, entre eles: a sabedoria, a paz interior e a compaixão.
Jackson Buonocore
Sociólogo e psicanalista
Foto de cottonbro no Pexels
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