A ministra da saúde da França Agnès Buzyn anunciou que irá interromper por completo, a partir de 2021, uma prática que acontecia desde 1984 no país, o reembolso de medicamentos homeopáticos. A informação foi divulgada em entrevista ao jornal Le Parisien.
O sistema público de saúde da França funciona por meio de reembolso, deste modo, qualquer cidadão pode comprar um remédio e ser reembolsado pelo governo. Atualmente, esse sistema não abrange apenas a medicina convencional, mas também remédios homeopáticos.
Tradicionalmente, o governo francês reembolsa 30% do valor do produto homeopático. A partir de janeiro de 2020, a porcentagem vai cair para 15%. Em 2021, a previsão é que o reembolso seja cortado completamente. Segundo Buzyn, o período de transição dará tempo para os fabricantes se adaptarem.
A homeopatia já havia sido colocada em xeque na França. Em março deste ano, um amplo estudo feito pelas Academias Nacionais de Farmácia e Medicina do país concluiu que a homeopatia não tem eficácia comprovada. A pesquisa também mostrou que princípios usados na homeopatia (como a cura por semelhantes e a ultra diluição) não possuem validade científica.
A decisão da ministra também condiz com a recomendação da Alta Autoridade de Saúde da França (HAS), uma autoridade pública de pesquisas científicas. Após a publicação das Academias Nacionais, Buzyn pediu ao HAS para verificar a eficácia do tratamento homeopático e se ele deveria fazer parte do sistema público de saúde. Em junho, o HAS se manifestou contra o reembolso.
“A regra é que tudo que for financiado pelo sistema de saúde deve ser avaliado pelo HAS. Os medicamentos homeopáticos são os únicos que não haviam passado por esse procedimento”, disse a ministra ao jornal francês.
Outro país que deixou de financiar a homeopatia foi a Inglaterra. Em 2017, o diretor executivo do Serviço de Saúde Nacional do país disse que os remédios homeopáticos são placebo e representam má utilização do dinheiro público. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) inclui procedimentos homeopáticos desde 2006.
E você, o que achou da decisão do governo francês?
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Super Interessante.
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