Por Fabiane Gori Curvo
Observo que os pais hoje fazem uma enorme confusão quando o assunto em pauta é autonomia. Dar autonomia a um filho é incentivar que ele realize tarefas e enfrente desafios sozinho. Isso não quer dizer que seu filho vai sair por aí fazendo o que quiser. Permitir a autonomia de uma criança significa ensinar uma atividade e deixar que ela a faça sozinha, mas sempre com orientação e acompanhamento familiar. Isso pode ser feito desde os primeiros meses de vida. Podemos deixar que o bebê monte um brinquedo sozinho ou que se segure em um móvel para poder se levantar sem a ajuda de ninguém.
Existe uma enorme quantidade de pais que acreditam em poder facilitar o trabalho para seus filhos, fazendo as tarefas destes (e podem mesmo!). Porém, assim os pais atropelam o tempo da criança, ao não permitir que ela mesmo realize os deveres. É preciso ter paciência para acompanhar, ensinar e incentivar a realização de novas obrigações.
Quando não permitimos que a criança realize atividades adequadas para sua idade sozinha, criamos a famosa superproteção. Como consequência, os filhos ficam mais “atrasados” em relação aos coleguinhas da mesma idade. Ou seja, os pais, querendo ensinar mais rápido, criam o efeito contrário do que desejam. Essas crianças, posteriormente, costumam apresentar mais dificuldades em afazeres simples, como pegar a van na volta da escola ou pedir um salgado na padaria por conta própria, por pura insegurança.
Já na fase adulta, esses indivíduos que foram superprotegidos na infância têm uma dificuldade maior para se proteger das adversidades e normalmente apresentam baixa resiliência para superar desafios. É muito comum que se torne aquela pessoa de perfil “bonzinho”, conhecem? Pois, como foi muito protegida, acredita que o mundo é ‘cor de rosa’. Realiza tudo para todos, não se protege e acaba sofrendo quando se depara com vicissitudes.
É importante que os pais entendam que a autonomia é um processo gradual que acontece desde o nascimento. Incentivar a criança realizar atividades adequadas para sua idade estimula as funções cognitivas e as prepara para a vida. Tentar evitar o sofrimento ou situações que os pais consideram difíceis atrapalha o desenvolvimento da criança. Os pais não devem esquecer o quão importante e saudável é a frustração para o processo de amadurecimento de seus filhos. É importante sempre lembrar que a maior proteção que se pode dar para um filho é ensiná-lo como fazer as coisas e solucionar os problemas, e não pegar para si as funções do filho. Afinal, é impossível que os pais estejam do lado do filho a vida toda, em todos os momentos, para resolver situações.
TEXTO ORIGINAL DE SALA DE IDEIAS
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