Falar sobre morte é desconfortável, mas a ciência já descreve com alguma precisão o que acontece no corpo — e, em especial, no cérebro — nos instantes finais.
Abaixo, reunimos o que pesquisadores observam em UTI, o que exames do cérebro sugerem e o que pessoas reanimadas relatam após uma parada cardíaca.
Na medicina, a morte pode ser constatada de diferentes maneiras. Na abordagem neurológica, ela ocorre quando o sistema nervoso central perde, de forma definitiva, a capacidade de sustentar consciência, respiração espontânea e outras funções integradas do organismo. Os caminhos até esse ponto variam conforme a causa da morte.
Em quadros prolongados, como falência de múltiplos órgãos, o organismo “economiza energia” e prioriza estruturas vitais — especialmente cérebro, coração e rins. Outros sistemas vão perdendo desempenho de forma progressiva. É um processo de desaceleração geral: funções periféricas cedem espaço para manter, por algum tempo, o essencial.
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Se a origem não é neurológica (por exemplo, choque séptico ou insuficiência cardíaca), a irrigação dos vasos da cabeça perde a autorregulação. Com menos oxigênio e glicose, neurônios entram em sofrimento por hipóxia e isquemia e deixam de funcionar. Parte do conteúdo celular extravasa para o meio ao redor e as redes neurais colapsam.
Em UTI, máquinas e medicamentos podem manter circulação e ventilação, mesmo sem atividade integrada do cérebro. Nesses casos, quando os protocolos confirmam morte encefálica, não há mais consciência nem possibilidade de percepção; a pessoa não pensa nem sente. Órgãos fora do sistema nervoso podem seguir funcionando artificialmente por algum tempo.
A resistência das células à falta de oxigênio é desigual:
Estudos com sobreviventes de parada cardíaca mostram um cenário variado:
Registros raros de eletroencefalografia em pacientes que morreram durante o exame sugerem aumento de oscilações gama nos segundos ao redor do óbito.
Essas ondas, associadas à sincronização neural, memória e estados oníricos, levantam a hipótese de um curto “pico” de organização cerebral — o famoso relato de “revista da vida” se encaixa nessa ideia, embora não haja prova conclusiva de que seja universal.
Em paradas súbitas, a consciência se apaga rapidamente. Em situações de dor extrema, o corpo pode disparar mecanismos neuroquímicos que levam ao desmaio e liberam substâncias com efeito analgésico e de conforto, reduzindo a percepção do sofrimento.
A EQM tende a surgir quando o fluxo sanguíneo cerebral cai, sobretudo em áreas parietais. O aporte é baixo o suficiente para alterar a experiência consciente, mas não para destruir irreversivelmente as células, permitindo que a pessoa guarde memória do evento. Relatos comuns incluem:
Com morte encefálica confirmada, a pessoa não tem consciência e não “sente”. Mesmo assim, com ventilação mecânica e drogas vasoativas, órgãos podem ser preservados temporariamente para transplante — prática que depende de protocolos rígidos, refrigeração e soluções de conservação apropriadas.
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