Psicologia

O que acontece no seu corpo segundos antes da morte? Ciência revela detalhes assustadores

Falar sobre morte é desconfortável, mas a ciência já descreve com alguma precisão o que acontece no corpo — e, em especial, no cérebro — nos instantes finais.

Abaixo, reunimos o que pesquisadores observam em UTI, o que exames do cérebro sugerem e o que pessoas reanimadas relatam após uma parada cardíaca.

Como a ciência define o fim, do ponto de vista neurológico

Na medicina, a morte pode ser constatada de diferentes maneiras. Na abordagem neurológica, ela ocorre quando o sistema nervoso central perde, de forma definitiva, a capacidade de sustentar consciência, respiração espontânea e outras funções integradas do organismo. Os caminhos até esse ponto variam conforme a causa da morte.

Em quadros prolongados, como falência de múltiplos órgãos, o organismo “economiza energia” e prioriza estruturas vitais — especialmente cérebro, coração e rins. Outros sistemas vão perdendo desempenho de forma progressiva. É um processo de desaceleração geral: funções periféricas cedem espaço para manter, por algum tempo, o essencial.

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Quando o coração para antes do cérebro

Se a origem não é neurológica (por exemplo, choque séptico ou insuficiência cardíaca), a irrigação dos vasos da cabeça perde a autorregulação. Com menos oxigênio e glicose, neurônios entram em sofrimento por hipóxia e isquemia e deixam de funcionar. Parte do conteúdo celular extravasa para o meio ao redor e as redes neurais colapsam.

Em UTI, máquinas e medicamentos podem manter circulação e ventilação, mesmo sem atividade integrada do cérebro. Nesses casos, quando os protocolos confirmam morte encefálica, não há mais consciência nem possibilidade de percepção; a pessoa não pensa nem sente. Órgãos fora do sistema nervoso podem seguir funcionando artificialmente por algum tempo.

O que morre primeiro e o que resiste um pouco mais

A resistência das células à falta de oxigênio é desigual:

  1. Neurônios: toleram poucos minutos sem oxigênio; após cerca de 5 minutos, o dano tende a ser irreversível.
  2. Córnea (epitélio): pode permanecer viável por várias horas após o óbito, o que explica sua utilidade em transplantes.
  3. Órgãos para transplante (estimativas usuais em condições ideais): pulmões podem ser aproveitados por algumas horas; rins, por mais de um dia, desde que resfriados e em soluções adequadas.

O que as pessoas dizem sentir ao “voltar”

Estudos com sobreviventes de parada cardíaca mostram um cenário variado:

  • Parte não relata lembranças do período.
  • Uma fração significativa descreve memórias vívidas (pessoas, ambientes, sensações intensas).
  • Um grupo menor refere elementos típicos da experiência de quase morte (EQM).

O que o cérebro faz nos segundos derradeiros

Registros raros de eletroencefalografia em pacientes que morreram durante o exame sugerem aumento de oscilações gama nos segundos ao redor do óbito.

Essas ondas, associadas à sincronização neural, memória e estados oníricos, levantam a hipótese de um curto “pico” de organização cerebral — o famoso relato de “revista da vida” se encaixa nessa ideia, embora não haja prova conclusiva de que seja universal.

Quando não dá tempo de sentir

Em paradas súbitas, a consciência se apaga rapidamente. Em situações de dor extrema, o corpo pode disparar mecanismos neuroquímicos que levam ao desmaio e liberam substâncias com efeito analgésico e de conforto, reduzindo a percepção do sofrimento.

Experiência de quase morte (EQM), em termos neurais

A EQM tende a surgir quando o fluxo sanguíneo cerebral cai, sobretudo em áreas parietais. O aporte é baixo o suficiente para alterar a experiência consciente, mas não para destruir irreversivelmente as células, permitindo que a pessoa guarde memória do evento. Relatos comuns incluem:

  • Sensação de túnel e luz ao fundo: pode relacionar-se à queda de perfusão na retina e a padrões de processamento visual.
  • Bem-estar e calma intensa: possivelmente ligados à liberação de opioides endógenos e noradrenalina em situações-limite.
  • Percepção de “sair do corpo”: experiências semelhantes podem ser reproduzidas quando regiões entre os lobos temporal e parietal são estimuladas.
  • Encontros e cenas simbólicas: efeitos comparáveis surgem com substâncias como a quetamina (bloqueio de receptores NMDA), o que ajuda a entender a base neuroquímica dessas vivências.

O corpo sob suporte, após a morte cerebral

Com morte encefálica confirmada, a pessoa não tem consciência e não “sente”. Mesmo assim, com ventilação mecânica e drogas vasoativas, órgãos podem ser preservados temporariamente para transplante — prática que depende de protocolos rígidos, refrigeração e soluções de conservação apropriadas.

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Gabriel Pietro

Redator com mais de uma década de experiência.

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