Abaixo, um conto de Paola Klug traduzido por Rui Sá e postado na ContiOutra
“A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo.
Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa. Porque a tristeza gosta do sabor amargo.
Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.
Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.
E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…”
A arte imita a vida: Esta série policial de apenas 6 episódios que foi descrita…
Joey Swoll se diz desgastado física e psicologicamente após a experiência. "Ainda sinto como se…
"Estou imensamente grato por poder finalmente dormir deitado", disse o homem.
Segundo a Polícia, a mulher pagou R$ 5 mil em um diploma falso de psicologia,…
A aguardada nova série estrelada pela vencedora do Emmy Elisabeth Moss chegou ao streaming nesta…
“Estamos nos libertando dessa falsa obrigação de ter ao lado um marido ou um namorado.…