Um painel de pesquisa liderado por brasileiros trouxe uma boa notícia para quem espera diagnósticos mais rápidos e menos invasivos: exames de sangue conseguiram identificar Alzheimer com cerca de 90% de acerto, desempenho que abre caminho para ampliar o acesso fora de grandes centros e reduzir a dependência de procedimentos caros ou invasivos.
A base do achado é sólida. Um grupo internacional de 23 pesquisadores, oito do Brasil, revisou mais de 110 estudos envolvendo cerca de 30 mil pessoas e confirmou que o marcador p-tau217 tem alto poder para distinguir pessoas com Alzheimer de indivíduos sem a doença. Em paralelo, equipes do Instituto D’Or e da UFRJ obtiveram resultados equivalentes, reforçando a consistência do sinal biológico.
O desempenho ultrapassa o patamar de confiabilidade de 90%, referência usada por organismos internacionais para validação de testes. Para o leitor, o recado é simples: um tubo de sangue pode entregar uma resposta que hoje costuma depender de punção lombar (coleta de líquor) ou exame de imagem de alto custo, ambos com oferta limitada na rede pública.
A fala de quem está no laboratório ajuda a dimensionar o impacto. Eduardo Zimmer (UFRGS) destaca que os testes mostraram boa performance em regiões diferentes do país, com perfis genéticos e socioculturais distintos, o que é crucial para pensar uso em escala nacional.
O cenário no Brasil explica o interesse pelo exame sanguíneo. Punção lombar exige estrutura e especialista; tomografia e PET têm custo elevado e fila. Em um sistema em que mais de 160 milhões dependem do SUS, um teste barato e de logística simples pode adiantar o diagnóstico e organizar o cuidado nas fases iniciais, quando intervenções clínicas e de suporte têm maior efeito sobre qualidade de vida.
Há, porém, degraus até chegar ao posto de saúde. É preciso definir onde o exame será processado, quando solicitar, qual população priorizar e como isso acelera de fato o diagnóstico na rede.
A estimativa de pesquisadores é que validações adicionais levem cerca de dois anos; nesse período, serão acompanhados adultos 55+ para mapear fase pré-clínica, quando ainda não há queixas evidentes.
Hoje, opções na rede privada já existem (como o teste PrecivityAD2), mas o custo em torno de R$ 3,6 mil limita o alcance. A perspectiva é que o novo protocolo baseado em p-tau217 possa, com escala, baratear a triagem e ganhar espaço em diretrizes nacionais.
Para quem convive com suspeita da doença, vale recapitular sinais que acendem o alerta médico: perda de memória recente, dificuldade para nomear objetos, desorientação no tempo e no espaço, mudanças de humor e queda no desempenho de tarefas habituais.
A evolução costuma seguir etapas: fase inicial (esquecimento e alterações de personalidade), fase moderada (linguagem mais comprometida, agitação, insônia) e fase grave (dependência para cuidados, incontinência, restrição ao leito). O diagnóstico precoce não cura, mas retarda a progressão, orienta tratamento farmacológico e ajuda a família a planejar cuidados.
Em resumo: a p-tau217 desponta como marcador sanguíneo confiável para Alzheimer; o SUS é o destino desejado, mas requer protocolos, custo viável e validação em campo. Enquanto isso, reconhecer sintomas iniciais e buscar avaliação especializada continua sendo o passo que muda o rumo do cuidado.
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