Ansiedade

Relação entre a comida e ansiedade

Por Clara

Você já parou para pensar na relação que existe entre a comida e a ansiedade?

Para entendermos essa questão que afeta muitas pessoas em processo de emagrecimento, precisamos saber o que é ansiedade? Ansiedade: característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis!

O termo “ansiedade” tem várias definições: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, entre outros. Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia, ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade. A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações.

Os principais sintomas da ansiedade são:

Sensação de vazio no estômago
Coração batendo rápido
Medo intenso
Aperto no tórax
Transpiração
Outras alterações associadas à disfunção do sistema nervoso autônomo

Mas qual a relação da comida com a ansiedade?

As emoções negativas aumentam natural e substancialmente os níveis de glicose no organismo.

A glicose é um supressor natural do apetite que gera fome. Se alguma vez você, mesmo se sentido cheio, engoliu uma sobremesa, ou então devorou um pote de sorvete ou uma barra de chocolate num momento que estava triste, você teve um episódio de alimentação emocional. Que não é nada mais que usar a comida para se sentir melhor, ou para se acalmar em situações de estresse.

Em outras palavras…. Usamos os alimentos e principalmente os doces para compensar tristezas, decepções, perdas, inquietações e ansiedade! Isto feito uma vez ou outra não gera problemas. O perigo é quando se torna uma rotina para compensar emoções negativas. Ou seja, você está triste, e sua reação automática é abrir a geladeira.

E isso tem explicação biológica: o açúcar e diversos carboidratos são capazes de causar uma sensação boa no seu cérebro que causa estímulo de bem-estar. O problema é que essa área é a mesma envolvida na resposta a drogas como a cocaína e heroína. E essas drogas viciam. E os doces funcionam da mesma maneira. Quando aparecer o problema, você vai recorrer a comida. Por alguns momentos você se sente bem, mas aquilo passa rápido.

Adicionalmente, você deixa de aprender a lidar de forma eficaz com suas emoções negativas.

Já que sabemos o quanto essa correlação pode ser perigosa, como fazer para nos libertar da fome emocional?

Comece a ir para os locais para ver seus amigos e familiares e não para comer! Não vincule a comida com uma bonificação ou mérito! Dê a oportunidade de fazer suas refeições tranquilamente, mastigando bem os alimentos antes de engoli-los. Pare de comer antes de ficar completamente satisfeito, dê ao seu corpo tempo suficiente para que ele mande sinais ao cérebro que você já está satisfeito. Seu estômago também poderá digerir a comida adequadamente.

Tente manter a mente “limpa” enquanto come: Dê uma folga ao cérebro, mantendo o foco nos sabores e aromas de sua refeição. Assim você aproveita melhor o que está comendo. Não resolva problemas no momento da alimentação! Ataques de ansiedade podem ser ocasionados quando estamos de “cabeça cheia”. Desta forma, a hora da refeição pode se tornar o momento ideal.

A ansiedade muitas vezes é fruto da falta de consciência

Procure saber o que lhe incomoda, o que lhe aflige. E converse sobre. Quando não sabemos de algo, temos uma tendência natural a usar a imaginação e pensar em muitas coisas (quase sempre negativas) a respeito de algum assunto.

Assim quando as emoções comandam a fome, é preciso aprender a distinguir entre a fome física, a fome emocional e identificar o que desencadeia a última! Para isto, a desconexão entre emoção-comida exige a aprendizagem de estratégias adaptativas de resolução de problemas, de estratégias para lidar com as emoções negativas e a promoção da autoestima diminuindo, desta forma, a fome emocional.

Imagem de capa: Shutterstock/Pushish Images

TEXTO ORIGINAL DE PSICOLOGIA DA NUTRIÇÃO

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