Bem que dizem ser o lugar do outro o mais difícil de estar, de se colocar, de tentar entender. Geralmente, as pessoas tendem a ler o mundo lá fora tão somente de acordo com as próprias concepções. Porém, há outros pontos de vista, há outros modos de lidar com o mundo além do que temos como o certo.
Os olhos de cada um veem à sua maneira o que ocorre. Os sentimentos de cada um se manifestam de uma forma peculiar ao que chega. Ninguém é igual, nem por fora, nem por dentro, ou seja, as formas de lidar com o mundo e de digerir os acontecimentos são próprias de cada pessoa. E, convenhamos, essa é uma das coisas mais belas da vida: a sua diversidade, o seu colorido, as peculiaridades que nos tornam únicos e, por isso mesmo, especiais.
E é exatamente por essa razão que não podemos achar que a nossa verdade é universal e inconteste. E é por essa razão que julgar a dor do outro, de acordo com a própria vida, é injusto. Não somos obrigados a pensar como o outro, mas temos o dever de entender o que o outro pensa, sente, no sentido de não sermos injustos com ele apenas porque somos diferentes. Diminuir os sentimentos alheios machuca e é cruel.
Não permita que te digam para parar com drama, para parar de fazer tempestade em vão, para engolir o choro, quando estiver doendo demais dentro de você. Da mesma forma, não menospreze as dores alheias, tampouco fique comparando como você é com a forma de o outro ser. Se em você não dói tanto, agradeça, mas não use a si mesmo como parâmetro do que deve ser feito por todo mundo. Deixa o outro doer. Permita-se doer.
Somente você tem o direito de saber sobre a intensidade de seu sofrimento. Ninguém é capaz de medir a dor que dói na gente. Ignore quem menospreza o que você sente e siga doendo, até que a esperança volte a preencher o seu coração. Vai passar, e isso é tudo.
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Foto destacada: Reprodução.
Texto originalmente publicado em Prof Marcel Camargo
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