O ator Selton Mello, 51, fez um relato contundente sobre a pressão para manter um corpo magro no início dos anos 2000, quando recorreu ao uso de substâncias químicas. Em entrevista à GQ Brasil, ele detalhou como a busca por emagrecer drasticamente o levou a um ciclo perigoso de dependência.
Selton revelou que o uso de remédios para emagrecer começou durante as gravações de Lavoura Arcaica (2001), filme em que precisou perder peso de forma intensa para interpretar o personagem. “Virou uma muleta. Precisei perder muito peso, virar um esqueleto. Chegou um momento de droga, anfetamina, e comecei a parar de comer. Na reta final, entrei com diurético e só consumia líquidos”, relatou.
A dependência química também influenciou outro papel marcante na carreira do ator: o Chicó de O Auto da Compadecida (2000). “O Chicó é magrinho daquele jeito porque eu estava drogado. Virou uma roleta-russa. Parava, engordava, começava outro filme e vinha a anfetamina. Esse efeito sanfona era um amor pelos personagens e um desamor por mim mesmo”, admitiu.
O ciclo de uso de anfetaminas perdurou até 2009, quando Selton buscou ajuda médica. À época, o consumo excessivo das substâncias já não trazia os resultados desejados. Atualmente, o ator adota uma abordagem mais saudável para cuidar do corpo e da mente, mantendo uma rotina de exercícios físicos. Apesar disso, confessou que sua autoestima ainda é um ponto de atenção: “Não é lá essa Coca-Cola toda”.
Hoje, Selton Mello é um dos maiores nomes do cinema brasileiro. No momento, ele está em cartaz com Ainda Estou Aqui, filme que representa o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2025, e se prepara para o lançamento de O Auto da Compadecida 2 em dezembro, que marca o reencontro de Chicó e João Grilo (Matheus Nachtergaele).
O relato sincero do ator traz à tona uma reflexão sobre as cobranças da indústria do entretenimento e os impactos na saúde mental e física de artistas, além de destacar sua resiliência em superar os desafios do passado.
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