Por Patrícia Santos Dumont
Ouvir música não é mero entretenimento. Muito mais do que agradar os ouvidos, a combinação de instrumentos, vozes e ritmos é capaz de seduzir até mesmo o cérebro. Responsável por despertar as mais diferentes reações no corpo, o som é também um aliado e tanto na manutenção da saúde mental, combatendo o estresse, o cansaço e até a ansiedade.
Para provar que o assunto é, de fato, científico, pesquisadores norte-americanos se debruçaram sobre o tema e criaram uma playlist. As músicas eleitas (confira e ouça as música abaixo) foram testadas em um grupo de voluntários submetidos a tarefas de lógica que, naturalmente, geram ansiedade e imprimem certas doses de estresse.
De acordo com os neurocientistas, aqueles que ouviam música durante o processo demonstraram estar tão relaxados que foi lançado um alerta: se estiver dirigindo, não escute-as! Batimentos cardíacos reduzidos, pressão sanguínea mais baixa, respiração lenta e níveis baixos de cortisol (bastante secretado por pessoas estressadas) foram os principais sintomas.
Efeito calmante
Coincidências à parte, a top 1 da lista foi a música Weightless, do trio musical inglês Marconi Union. Sem peso, na tradução para o português, a canção instrumental é baseada em sequências musicais conhecidas por terem efeito calmante, começando por um ritmo de sustentação de 60 batimentos por minuto e passando, gradualmente, para cerca de 50.
A psicóloga, pianista e professora de musicalização Josi Trevizan explica que a música age diretamente no sistema límbico do cérebro – região que controla as emoções, afetividade e motivação – aumentando, desta forma, a produção de endorfina, responsável pelo bem-estar e prazer. “O cérebro recebe as ondas sonoras através do ouvido. Elas passam pelo tímpano e são processadas pelo lobo temporal, chegando até a hipófise, glândula que libera a endorfina. Essa substância entra na corrente sanguínea e, assim, provoca a sensação de prazer”, detalha.
Ela diz que cada pulso rítmico, o ritmo mais ou menos intenso, o volume ou o estilo musical exercem uma influência diferente em cada um de nós. As reações, por sua vez, são infinitas, já que também sofrem interferência do gosto pessoal e de considerações culturais.
O rock, por exemplo, aumenta a frequência da pulsação, a pressão sanguínea e a produção de adrenalina. Já a música lenta ou clássica tem efeito contrário, é relaxante. “A música é entendida pelo cérebro como uma forma de linguagem”, diz a especialista.
“Músicas mais lentas, com um número menor de características sonoras, não trazem tantas surpresas e, portanto, tendem a gerar mais calma e relaxamento” – Simone Presotti Tibúrcio, psicóloga e musicoterapeuta
Confira a playlist:
1. Weighless (Marconi Union)
Imagem de capa: Shutterstock/Olga Osadchaya
TEXTO ORIGINAL DE HOJE EM DIA
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