Estamos na era dos adultos infantilizados, que são as manifestações da infância prolongada em certos indivíduos, no sentido da não responsabilização dos seus atos. Eles expõem sinais de uma infância que foi carente de mediações simbólicas.
Hoje, esses adultos precisam de respostas imediatas e sem ponderações, pois se comportam como adolescentes revoltados com as contrariedades da vida.
Aliás, são sujeitos que se eximem de tomar as próprias decisões, adiando a saída da casa dos pais, como “crianças mimadas” que não querem assumir suas responsabilidades.
As mídias mostram adultos famosos e anônimos que contratam profissionais ou agências para administrar sua rotina: comer, vestir, fazer exercícios, conseguir amigos, arrumar namorados, organizar as finanças etc, como se fossem “bebês” que necessitam de cuidados essenciais.
Assim, os adultos infantilizados prejudicam a si mesmos, sabotando a oportunidade de amadurecer, uma vez que se negam a viver como gente adulta, a fim de não renunciar aos deslumbramentos do mundo.
Mas, a única forma desses homens e mulheres se transformarem em adultos de verdade é aprender a enfrentar o tédio, a solidão e as frustrações que a vida impõe.
Portanto, é inexorável, que temos de encarar os desafios gerados pelo processo de amadurecimento, um direito e um dever irrevogável da espécie humana.
Afinal, ser adulto é ter personalidade própria, sendo capaz de decidir de acordo com seus valores, objetivos e vontades. Isso significa viver sem medo da adultez, assumindo a totalidade de sua existência.
Jackson Buonocore
Sociólogo e psicanalista
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