Esqueça a frase: Você não faz nada mais do que sua obrigação!

Muitos dizem que as obrigações predizem o comportamento e por essa razão não deveríamos agradecer ou considerar alguém de sorte por ter apoio nas responsabilidades em comum. Sou adepta do elogio sincero e não gosto da palavra obrigação, apesar de saber que todos nós desenvolvemos nossos papéis sociais, seja de pai, mãe, filhos, marido, mulher ou outros tantos ao longo da vida.

O dever de cuidado é digno de nossa espécie, desde ancestralidade, e talvez por causa dele tenhamos ainda vida e descendências tão numerosas. Aprendemos, evoluímos e nos aperfeiçoamos ao longo dos anos. Sim, em um lar todos temos direitos e deveres em prol da harmonia doméstica. Então, independente de acreditar ser responsabilidade ou obrigação da co-habitação a divisão de tarefas, ainda assim, um elogio cai bem se quiser reforço de um comportamento desejável.

Longe de querer polemizar, acredito que de uma forma geral e ampla podemos ser adeptos do elogio, gentileza, gratidão de quem cuida de nós, da casa, dos filhos.

O carinho e cuidado são imprescindíveis para as relações humanas duradouras. Agradecer a mãe e ser grato por ela lhe dar a vida pode ser perpetuado. Ser igualmente grato ao pai, que lhe acalentou e aconselhou idem. Então, por que a mãe não pode agradecer o pai por ter feito bem algum afazer doméstico ou vice-versa? Para que economizar nas palavras que de alguma forma reproduzem afeto?

Palavras de gratidão são bem vindas e harmonizam um lar, então, esqueçamos a frase: você não faz nada mais do que sua obrigação! Obrigação no dicionário vem do ato de obrigar; imposição ou vínculo legítimo que sujeita a vontade, exigindo dela que faça ou deixe de fazer alguma coisa; necessidade moral de praticar ou não certos atos.

Pensar que o outro não faz nada além de sua obrigação é de alguma forma enfaixar o convívio, sendo que podemos torná-lo sempre mais harmonioso e menos pesado, já que o dia a dia já nos consome muitas energias.

Se pudermos tornar essas energias mais leves, prazerosas e menos burocráticas e automáticas, por que não?

Thyara Fernandes

Pós-graduada em Direito Público, hoje estudante de psicologia e apaixonada pelo curso. Casada, servidora pública e uma leitora feliz de sites e livros. Desejo seguir uma nova carreira na psicologia ou aliar os conhecimentos jurídicos já adquiridos e adorados.

Recent Posts

Demorou dois anos pra estrear — e bastou uma semana na Netflix pra virar sensação nacional

Com roteiro baseado em um sucesso do Wattpad e fãs esperando há tempos, Através da…

4 dias ago

Essa produção da Netflix tem menos de 90 minutos — e vai bagunçar sua cabeça por dias

Charlie Kaufman não faz filmes para assistir no piloto‑automático. Em Estou Pensando em Acabar com Tudo…

4 dias ago

Parece só mais um drama comum… até você perceber que está emocionalmente destruída no último episódio (imperdível)

Tem filmes que não precisam gritar para esmagar seu emocional. Pieces of a Woman, disponível…

4 dias ago

Estado psicológico de um time: você precisa checá-lo antes de uma aposta?

Nas apostas esportivas, o acesso a estatísticas e a interpretação de estatísticas nunca foi tão…

1 semana ago

Nova série sobre Bolaños expõe que o criador de Chaves “não era um santo”, diz diretor

Quando uma biografia televisiva chega, ela mexe em memórias afetivas e também em gavetas que…

2 semanas ago

Desviar o olhar é mentira, vergonha ou timidez? Psicólogos revelam o que isso indica

Alguns segundos de silêncio acompanhados de olhos que escapam para a lateral podem mudar o…

2 semanas ago