O psicólogo Edgar Cabanas e a socióloga Eva Illouz escreveram o livro “Happycracia: Fabricando cidadãos felizes”, que traz à discussão sobre a tirania da ideia que ser feliz é uma responsabilidade individual.
É uma proposta que foi criada nos Estados Unidos pela psicologia positiva, visando promover as emoções positivas como caminho para a felicidade. Ela diz que não é responsabilidade das empresas e dos governos pela felicidade de seus colaboradores/cidadãos e transfere esse custo para eles.
A psicologia positiva define a felicidade individual como uma meta suprema, porém, ignora os riscos psicossociais no trabalho, repassando o ônus da instabilidade das empresas para seus funcionários.
Por essa razão que existem muitas palestras motivacionais, treinamentos, coachings, livros de autoajuda etc, uma indústria que vende a ideia de que precisamos de mais positividade para ser feliz.
Esse discurso substitui uma distribuição justa de recursos por uma ideia distorcida de felicidade, que negligencia valores como a igualdade e a solidariedade. Assim, pessoas “infelizes” são consideradas desajustadas, gerando uma confusão entre saúde e normalidade.
Isso procura esconder as relações laborais, sociais e econômicas que causam sofrimentos e adoecimentos, questões que se revelam em sociedades com maiores diferenças de renda.
Portanto, os autores nos levam a repensar de que não há nada de errado em não se sentir bem e também não há nada de errado em buscar a felicidade. Mas é essencial cuidar de todas as dimensões da vida e não apenas ter uma visão míope de felicidade.
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Jackson Buonocore
Sociólogo, psicanalista e escritor
Photo by Tim Mossholder on Unsplash
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