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Inclusão dos Autistas nas escolas

Um dos grandes desafios da atualidade é a inclusão do autista nas escolas. A inclusão é um direito garantido por Políticas Públicas, seja nas esferas municipal, estadual e federal. Apesar das leis a inclusão não é tão simples assim devido à falta de conhecimento sobre a questão e as dificuldades que as instituições apresentam para lidar com a diversidade.
As instituições não podem recusar a inserção desses alunos. Entretanto, entrar na escola não garante a inclusão, é preciso também garantir sua aprendizagem e a qualidade do ensino que deve ser oferecer.
O cenário educacional brasileiro atual não é feito para todos. Muitas escolas não estão preparadas para receber crianças autistas, uma grande reestruturação deveria ser feita, a escola é quem deveria se adaptar para recebe-los e não os alunos à escola. É necessário a elaboração de um plano de ensino que atinja e respeite a capacidade de todos os alunos, propondo atividades diversificadas considerando o conhecimento de todos os alunos da escola, é preciso explorar a variedade e o novo.
Infelizmente, as leis estabelecidas que garantem o acesso às escolas não são suficientes e com isso ocorre o fracasso escolar. É possível destacar dificuldades encontradas que acabam tirando a responsabilidade da escola de ensinar a todos: falta de criação de estratégias de aprendizagem; professores despreparados para receber alunos autistas ou com alguma deficiência; e o elevado número de alunos dentro da sala de aula para apenas um professor.
A inclusão necessária é um grande desafio, é importante proporcionar condições de desenvolvimento por caminhos alternativos. Seria importante propor estratégias de ensino aprendizagem que visam não só os autistas como também a todos os presentes nas salas de aula.

É importante ressaltar que a presença do autista na escola já é um amplo progresso, mas não é garantia de aprendizagem mesmo com acompanhamento de um profissional especializado a disposição. Para que a inclusão tenha sucesso, as escolas, os profissionais e, principalmente, professores precisam de uma formação mais adequada, o que inclui competência técnica e acesso a estratégias pedagógicas assertivas, afim de abranger a todos, superando as salas lotadas, a falta de recurso e capacitações.
As pessoas que possuem alguma característica que afete o desenvolvimento, são capazes de aprender, mas para isso é importante que o grupo social ao seu redor crie condições para que isso de fato aconteça. Quando se tem condições de aprendizado no ambiente escolar, o autista tem um grande potencial de desenvolvimento, além disso tem a oportunidade de viver interações sociais significativas, desenvolver habilidades e criatividade, expandindo sua formação pessoal. (CRUZ, 2014, p.159).
A inclusão é um passo extremamente importante para a formação do autista, trazendo contribuições na autonomia e no seu desenvolvimento, preparando para os obstáculos que irão aparecer no futuro, pois após a idade escolar eles se deparam com o mercado de trabalho.

Dúvidas, sugestões ou ajuda? Escreva para: jeniferclongo@gmail.com Tel: (11) 98824 7963

Referência:
CRUZ, T. Autismo e Inclusão: Experiências no Ensino Regular. Jundiaí, Paco Editorial: 2014.

Jenifer Longo de Carvalho

Psicóloga Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho e Especialista em Políticas Públicas: Tecnologias, Diversidades, Inclusão e Acessibilidade. Atualmente cursando Especialização em Tecnologias Assistivas: Técnicas Assistenciais e Práticas de Ensino. Psicóloga Clínica atendendo todas as idades e perfis, sempre buscando soluções para os problemas emocionais, afetivos, depressivos e mentais, que ocorrem no aspecto pessoal, social, conjugal, familiar e profissional. Atendimento também para questões que envolvem maternidade, transtorno do espectro autista (TEA) e globais do desenvolvimento (TGD). Tel: (19) 993420684

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