Marcel Camargo

Não precisa ser meloso, só precisa ser amor verdadeiro

A verdade contida em qualquer relacionamento depende muito mais das atitudes e da confiança em que se baseia do que de palavras que o vento pode levar. Da mesma forma, a qualidade do tempo gasto junto com o outro independe de sua durabilidade, mas tem a ver com a intensidade dos sentimentos que se acolhem, nem que por alguns instantes.

Existem casais que vivem grudados, mas estão sempre se digladiando, ou seja, pouco aproveitam os momentos em que deveriam estar compartilhando o melhor de cada um. Por outro lado, há casais que dispõem de pouco tempo para passarem juntos, no entanto, quando se veem, transformam cada segundo em imensidões de partilha afetiva, de troca sincera e de amor compartilhado.

O mesmo se dá em relação às amizades, pois algumas pessoas sempre serão próximas, mesmo que fiquem distantes por muito tempo. Todos nós temos alguém que, por mais que fique sem nos ver, quando nos encontra, parece que nunca esteve fora. Ainda que os anos nos afastem dos amigos, existirão aqueles que nunca sairão de nossas vidas, que poderemos manter dentro de nós para sempre, porque os reencontros serão mágicos e especiais.

Não precisa ser pegajoso, nem meloso, tampouco demorado, mas precisa ser verdadeiro, intenso, com amor e entrega. E entregar-se não significa, de forma alguma, passar vinte e quatro horas junto, mesmo porque podemos nos sentir sozinhos, ainda que com a pessoa ali do lado. Caso a alma ali não fique enquanto há presença, o que restará será vazio e solidão acompanhada. E isso é muito pior do que estar sem ninguém.

Trata-se daquela velha história: a qualidade dos encontros, e não a sua quantidade, é que determinará o quanto as pessoas se importam realmente conosco. Porque a gente sente quando existe verdade e reciprocidade numa relação, a gente sabe muito bem quem vem para acrescentar e quem vem para tão somente sugar. Por isso é que sempre existirão pessoas que deveremos manter por perto, mesmo que distantes. É assim que o nosso coração vibra, a cada reencontro, a cada lembrança.

Imagem de capa: Delbars/shutterstock

Marcel Camargo

"Escrever é como compartilhar olhares, tão vital quanto respirar".

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