Seja uma mudança de casa, cidade ou país, seja o término de um namoro ou casamento, sejam conflitos agudos na comunicação com os filhos, o fim de um emprego estável, o emergir de uma crise econômica que assola o país; seja uma confusão interna na sua forma de pensar e ver a vida – quando uma mudança gera sentimentos de dor, confusão, desespero , medo e cansaço, estamos falando de crise.
Ela revela que um ciclo chegou ao fim para trazer à tona renovação e progresso.

Se iremos aproveitá-la ou não é outra história, mas segundo o Pathwork (veja mais no Google sobre esse método de autoconhecimento) a crise tem uma função nobre e poderosa. A crise vem para destruir estruturas de pensamentos falsos que não podem mais sustentar a consciência em expansão. Algo novo precisa surgir.

Mas nós muitas vezes resistimos à mudança ferozmente. Temos medo, medo do desconhecido, medo de sair da zona de conforto. E quanto mais dolorosa a crise, maior está sendo a nossa resistência à mudança e resistir à mudança é resistir à vida. O sofrimento é o resultado da resistência.

Nós estamos vivendo neste planeta, porque temos um objetivo muito definido que é evoluir, crescer, conhecer e libertar os potenciais humanos que são infinitos. Mas onde existem atitudes negativas que persistem, esses potenciais não podem ser desenvolvidos. Onde existe medo, negação, vaidade, obstinação, o movimento de expansão é “brecado” gerando dor e conflitos internos porque afinal uma parte nossa precisa seguir ampliando a consciência e uma outra parte cria obstáculos.

Mas como deixar a vida fluir, como confiar nos movimentos da alma, que clamam por constantes adaptações? A resposta está na honestidade consigo mesmo e no comprometimento com o progresso interior. O medo nos cega e obscurece a sujeira acumulada debaixo do tapete. Muitas vezes não queremos mexer nessa sujeira, mas enquanto isso não for feito, apenas uma pequena parte da nossa vida será bem vivida.

Disfarces
Muitas vezes emoções disfarçam outras emoções, servindo de escudos porque são mais bem aceitas do que outras que parecem ser “piores”.
Em outras palavras, o medo pode ser um disfarce para a raiva;
(principalmente se aprendi que não se pode sentir raiva) a depressão, pode ser um disfarce para o medo (especialmente se aprendi que sentir determinados medos faz de mim uma pessoa pior).

Precisamos de coragem para descobrir a emoção verdadeira, por trás daquela que se manifesta para compreender o que elas significam, qual o pensamento, a crença que está sustentando esta emoção negativa e criando uma sequência de bloqueios que nos distanciam cada vez mais do nosso centro e dos desejos verdadeiros que podem e devem ser realizados.

A crise pode ser vista como um aviso, como no caso de uma ferida aberta que não foi cuidada e que depois de um tempo passa a doer de tal maneira, que nos obriga a voltar a atenção a ela e começar um processo de cura.

Então, a crise pode ser evitada quando olhamos para dentro e percebemos os primeiros sinais de perturbação e negatividade. É cuidar do machucado logo que ele se faz.

Cada um é responsável pela criação de sua própria experiência.
É preciso assumir a sua responsabilidade sobre tudo o que nos acontece. Sem culpar os outros por tudo ou culpar a nós mesmos por tudo o que nos acontece, mas assumindo sempre 100% da nossa parte. Esse é o maior empoderamento que se pode ter. Imagine num relacionamento a dois, eu preciso saber como contribuo negativamente para os conflitos presentes na relação. Preciso assumir os erros com objetividade, sem dramas.

Agora se você realmente quiser aproveitar a leitura desse texto, recomendo que encontre respostas honestas para as perguntas:
Quais setores da minha vida precisam de mudança?
O que eu posso estar não querendo ver e mudar em mim ou em minha vida?
O que eu posso fazer de diferente?
O que eu poderia aprender com o que está acontecendo?
Quais as atitudes eu poderia abrir mão?
Quando vou começar esse processo de cura?
(Se quiser envie para mim as respostas, vou gostar de recebe-las e saber que você passou pelo trabalho de buscá-las)

Um aspecto que eu gosto do Pathwork que traz a parte da espiritualidade: devemos pedir ajuda, orientação, guiança do nosso eu superior (nosso aspecto mais saudável) para chegar às respostas. Devemos escolher estarmos abertos e receptivos para elas.
” Vocês não estão sozinhos mas ninguém fará o trabalho por vocês”
Nem passividade nem agressividade aguda são o caminho.
O que existe é ajuda, auxílio, cooperação de energias superiores.

Graziela Ramos de Souza Bergamini

Psicoterapia, orientação vocacional, coaching, orientação psicológica via skype, suporte psicológico para empresas.

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