Abaixo, um conto de Paola Klug traduzido por Rui Sá e postado na ContiOutra
“A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo.
Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa. Porque a tristeza gosta do sabor amargo.
Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.
Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.
E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…”
Uma das modalidades mais tradicionais do mercado de loterias do Brasil, a Loteria Federal continua…
Apostas esportivas são uma maneira emocionante de se divertir e, potencialmente, ganhar dinheiro e esta…
Quando a Netflix incluiu The Stranger no catálogo brasileiro em 2022, muita gente passou batido…
Pouca gente reparou quando a série turca 50M2 chegou à Netflix em janeiro de 2021,…
Quem acompanha as estatísticas sobre pena de morte nos Estados Unidos sabe que o Mississippi…
Muita gente acende um incenso para relaxar depois do trabalho ou perfumar o ambiente antes…