COLABORADORES

Perdoar faz bem à saúde mental.

Escutando tantas pessoas há anos, cada vez mais, me convenço que a culpa mal trabalhada leva não somente ao excesso de escrúpulos, mas acelera as doenças psicossomáticas. Além disso, conduz a incapacidade humana de perdoar, que gera infelicidade e sabota a qualidade de vida.

Falar a respeito de perdão sempre tocou as emoções das pessoas. Em nossa sociedade líquida, a palavra perdão provoca reações diferentes: paz, alívio, ironia, apatia, entre outras emoções conflitantes. Para algumas pessoas falar desse tema é “chover no molhado”, fazer algo que não adianta que não dá resultado, insistir em algo que já está definido.

Mas perdoar não significa negar ou sufocar a raiva que o acontecimento provocou, mas livrar-se dela, e aprender com a situação, a fim de seguir a vida em frente. No momento que apreendermos a perdoar, não representa que aceitamos as ofensas, porém, temos que lidar com as nossas emoções negativas para vivermos em paz e com saúde mental.

O perdão nos ensina a resolver as desavenças que muitas vezes se transformam em mágoas contra um familiar, amigo ou colega, gerando sofrimento que se mantém ao longo da vida, nos tirando a serenidade. Entretanto, para resolvermos isso, necessitamos estar integrados pela fé madura, pois na medida que o mal que cometemos ou dele fomos vítimas tiver um arrependimento verdadeiro, encontraremos a cura terapêutica do perdão.

Não é nada fácil perdoar aqueles que nos magoaram, uma vez que deixaram cicatrizes profundas. Por isso, o perdão é um processo gradual na perspectiva mental e espiritual com objetivo de cessar os ressentimentos contra alguém ou contra nós mesmos, resultantes de uma ofensa que recebemos, falhas que cometemos ou conflitos que vivenciamos.  

Jackson César Buonocore

Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista

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