Infelizmente, a cada dia que passa somos bombardeados por notícias sobre casos de violência sexual. A sociedade busca achar indícios sobre culpados para tudo isso que está ocorrendo, porém, muitas vezes acaba responsabilizando a vítima ao invés do agressor e ao culpá-la deixa de lado os danos que a violência lhe causa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) denomina violência sexual como qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou atos para traficar a sexualidade de uma pessoa, utilizando repressão, ameaças ou força física praticados por qualquer pessoa, independente de suas relações com a vítima, em qualquer cenário, incluindo, mas não limitado ao do lar ou do trabalho.
No Brasil ocorrem cerca de 50 mil casos de estupro por ano e acredita-se que esse número representa apenas 10% do total real do número de casos. O Ministério da Saúde aponta que, num intervalo de cinco anos, uma em cada quatro mulheres no mundo é vítima de violência de gênero, com perda de um ano de vida potencialmente saudável.
A situação de violência sexual pode envolver agressão, ameaças, intimidação psicológica, ferimentos e invasão do corpo e, com isso, acarretar traumas psicológicos.
Ela pode causar diversas consequências nas relações cotidianas da vítima, sua dor se expressa em sintomas que ao se tornam frequentes e permanentes, passam a ser patológicos.
Alguns exemplos de transtornos são: Transtorno de Estresse Pós Traumático, Transtornos Alimentares, Depressão, Distúrbios de Humor, dificuldade nas relações afetivas e sexuais, abuso de álcool e drogas.
O excesso alimentar e o abuso de drogas e álcool podem ser usados por algumas vítimas como forma de diminuir a ansiedade e reprimir as memórias traumáticas.
O Transtorno de Estresse Pós Traumático e os transtornos alimentares podem ser considerados como uma tentativa de autoproteção contra nova violência.
As vítimas geralmente apresentam maior insatisfação sexual, perda de prazer, medo e dor, sintomas que podem permanecer após anos da violência.
A relação com a própria imagem, a autoestima e as relações afetivas também são afetadas negativamente e limitam a sua qualidade de vida.
Sem o tratamento adequado esses transtornos podem se estender por muitos anos na vida das vítimas.
Os sobreviventes desse trauma, ao terem suas barreiras violentadas, tentam construir novos limites entre si e o mundo, porém tais delimitações são construídas improvisadamente pela dinâmica do trauma, isso se evidencia por meio de ganho de peso, desleixo pessoal, falta de cuidado consigo mesmo ou a procura de não ser atraente sexualmente, além disso, podem desenvolver problemas dermatológicos, de aprendizagem e/ou de comportamento.
É preciso romper com o pacto de silêncio que encobre as situações de abuso e exploração. Não se pode ter medo de denunciar. Essa é a única forma de ajudar a vítima.
Ligue 100 – Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescente.
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
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