Por Silvia Marques
Cada vez mais , me parece , que a habilidade emocional é o tipo mais raro de inteligência. Como já escrevi em outro artigo, há séculos, existem diversos tipos de inteligência ( a linguística, a lógica , a musical, a espacial, a motora, a interpessoal, a intrapessoal) Não citei no meu artigo anterior , mas o respeito ao meio ambiente é também considerado um tipo de inteligência e é denominada de naturalista. Existe outro tipo que ainda gera controvérsias no meio acadêmico: a existencial. Está relacionada à capacidade de questionar o mundo e a existência humana. Este tipo de inteligência se assemelha muito à intrapessoal.
Me parece que a inteligência emocional seja um mix da interpessoal com a intrapessoal. A intrapessoal é o tipo mais raro de inteligência. A interpessoal é o segundo mais escasso.
A interpessoal é a capacidade de persuadir as pessoas e motivá-las , liderando-as e extraindo delas o seu melhor. É a inteligência dos grandes líderes corporativos e também de diretores de teatro e cinema. A intrapessoal já tem mais a ver com autoconhecimento e capacidade de influenciar de forma mais indireta, por meio das ideias e do carisma. É a inteligência dos professores , dos conselheiros.
Vemos muitas pessoas que reúnem diversas habilidades e capacidade para resolver muitos tipos de problema. É comum encontrar pessoas que se expressam bem verbalmente , pessoas que apresentam um grande raciocínio lógico, boa capacidade motora e espacial. Mas encontrar pessoas inteligentes emocionalmente é mais raro. Encontrar líderes nas empresas é uma grande sorte para seus subalternos. O que mais vemos são chefes, pessoas que apenas impõem seus modos de ver e de fazer e que restringem às pessoas a cumprir tarefas de forma mecânica.
O que mais vemos são pessoas que se desconhecem quase que por completo, que ignoram seus sentimentos e jogam para debaixo do tapete tudo aquilo que pode destoar socialmente. Não somos incentivados a nos conhecer pois gente que se conhece quer mais da vida. Gente que se conhece não se contenta com uma vida medíocre. Gente que se conhece tenta ajudar as outras pessoas a se conhecerem.
Encontrar pessoas capazes de lidar melhor com as frustrações , capazes de extrair aprendizados das relações infelizes, das experiências negativas é mais raro. Encontrar pessoas capazes de ouvir e de se importar com os outros é mais raro. Encontrar pessoas capazes de admitir os próprios erros também é mais raro. Pessoas emocionalmente inteligentes se reinventam e transformam crises em oportunidades. Utilizam decepções e perdas para criarem algo, para entrarem em uma nova fase da vida , com mais autonomia, com mais criatividade.
Para mim, o mais inteligente não é aquele que tem mais habilidades. É aquele que melhor conhece seus pontos fracos e fortes, aquele que melhor aprende com os próprios erros, aquele que valoriza o mérito alheio, aquele que mais compartilha o que sabe.
Imagem de capa: Shutterstock/pathdoc
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