Por Sônia Eustáquia

Cuidar dos filhos, querer participar efetivamente da rotina deles e pedir a guarda das crianças, depois do divórcio, são exemplos de atitudes que fazem parte da conduta do homem atual. Será este o momento de festejar a lei da guarda compartilhada, que há pouco foi aprovada pelo Congresso?

Nesse novo cenário, o pai exerce papéis importantíssimos no desenvolvimento do ser humano: acompanha a gravidez, troca as fraldas dos filhos, vai às reuniões no colégio, cuida da alimentação, leva aos médicos e dentistas, orienta as tarefas escolares e conversa com os filhos sobre namoro, sobre sexo e sobre a escolha profissional.

Aquele jovem, de duas décadas atrás, rompeu barreiras e preconceitos, venceu contradições, derrubou tabus, revolucionou costumes e enfrentou repressões usando toda força e coragem, é agora, pai. A educação formal, repressora e arbitrária deu lugar ao diálogo e a uma relação mais democrática entre pais e filhos.

Mas, alguns homens tendem a ficar divididos entre o que aprenderam (com o autoritarismo paterno) e a permissividade, vivendo muitas inseguranças, dúvidas e tropeços. Parte dessa nova geração de pais resiste e não percebe que dar limites é um ato de amor. Parece ainda, que o “não” desapareceu do vocabulário de alguns pais “bonzinhos”, que se transformam em refém dos desejos de seus filhos. Mas é preciso entender que conflitos entre pais e filhos sempre existirão.

A criança e o adolescente, regidos pelo princípio do prazer, sempre esperam que o pai satisfaça seus desejos, mas, o pai que analisa o pedido, com amor e pelo viés do limite, poderá sempre contar com duas “frases mágicas”:

– “Eu sei o que é melhor para você”.

– “Eu estou fazendo isso porque te amo”.

É evidente e importante que haja justificativas coerentes para tal, mas frustração faz parte da vida. E, tolerar e amparar o filho, em seu sofrimento diante de uma frustração, é também papel do pai, mesmo que isso não seja prazeroso para nenhum dos dois.

O cuidado, o envolvimento afetivo e responsável com a vida dos filhos, a presença compreensiva e o apoio constante são essenciais para formar um adulto mais feliz.

Não existe uma receita pronta para ser bom pai, mas, apesar das dificuldades, quase sempre superadas, essa é uma experiência maravilhosa!

Mais textos da autora Em SoniaEustaquia.com.br

Psicologias do Brasil

Informações e dicas sobre Psicologia nos seus vários campos de atuação.

Recent Posts

Pessoas que sofrem depressão usam estas palavras com mais frequência

Um estudo publicado na revista científica Clinical Psychological Science revela que pode haver uma maneira…

20 horas ago

Regulamentação de jogos de azar no Brasil: como as novas leis afetam o mercado e os jogadores

Descubra por que o mercado brasileiro de jogos virtuais é tão popular, como ele está…

3 dias ago

Por que tantas pessoas interessantes estão solteiras?

Bom, para começo de conversa, sei que tem muita gente solteira por opção. Gente que…

4 dias ago

Casal de aposentados comprou 51 cruzeiros seguidos: “Mais barato que casa de repouso”

Marty e Jess Ansen trocaram a rotina de uma casa de repouso por um estilo…

5 dias ago

Atriz revela que não beijava namorado na frente da filha e explica o motivo

Carol Castro e Bruno Cabrerizo namoraram por dois anos e a relação chegou ao fim…

5 dias ago

Mãe oferece pagamento para quem quiser ser amigo de seu filho com síndrome de Down e é surpreendida

Ela postou em sua página no Facebook uma mensagem oferecendo US$ 80 (cerca de R$…

6 dias ago