Por Pedro Leite Machado

Apesar de vivermos quase numa “Ditadura da Felicidade”, temos que entender que a vida não se faz só de momentos felizes, mas de um repertório equilibrado de emoções que dão sentido a nossa existência.

Neste contexto, não deveríamos ter medo de revelar quando estamos tristes, pois, assim como a felicidade, a tristeza é também um sentimento legítimo e deve ser encarado sem preconceito em nosso repertório de emoções humanas.

A tristeza não é a mesma coisa que depressão. Tristeza é um estado onde ficamos mais quietos e sensíveis, em busca do silêncio e da solidão para nos refazermos. Estar triste é a revelação do nosso cansaço com desilusões, frustrações e repetições da vida.

Ao invés de tentar compreender nossa tristeza, tentamos a todo custo disfarçá-la e sufocá-la, não nos permitindo a essa experiência humana. Quando encaramos a tristeza como sinal de fraqueza ou desadaptação, preferimos maquiar nossas emoções com comportamentos aceitos socialmente, onde tudo tem que parecer estar sempre bem e o sorrisos nunca podem faltar em nosso semblante.

Ao invés de viver numa farsa, permita-se viver sua tristeza, pois ficar triste não é um erro ou sinal de fraqueza, ela é uma necessidade passageira desse nosso jeito humano de ser.

Pedro Leite Machado
Psicólogo Especialista em Gestalt-terapia Clínica e Terapia Cognitivo Comportamental.
https://www.facebook.com/psi.pedroleite

Pedro Leite

* Graduado em Psicologia pela FAESA-ES; * Pós-Graduado em Gestalt-terapia Clínica PELA MULTIVIX-ES; * Pós-Graduado em Terapia Cognitivo Comportamental pela UNIARA-SP.

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