A técnica de enfermagem Gisele Santos, de Ribeirão Preto (SP), viveu uma das piores situações a que uma mãe pode ser submetida. Diagnosticada com Covid-19, ele teve que ficar 20 dias afastada da filha, a pequena Iolanda, de apenas 1 ano. Felizmente, este período turbulento já ficou para trás e ela pôde ver a filha novamente. O reencontro foi marcado por muita emoção.
Gisele, que é mais uma entre os “heróis de branco” na linha de frente do combate ao novo coronavírus, tem contato e ajuda diariamente a tratar pacientes do Hospital das Clínicas (HC) diagnosticados com Covid-19. Por isso, acredita que tenha sido infectada no cumprimento do seu trabalho.
“Comecei a sentir alguns sintomas, que estavam relacionados [à doença], e outros não estavam relacionados, aí em um dia de plantão eu resolvi coletar o teste e veio positivo”, relata ela ao G1 Ribreirão e Franca.
A técnica de enfermagem contou ainda que decidiu se afastar completamente da família depois que recebeu o diagnóstico. Seu objetivo era protegê-los da doença.
Os sintomas, segunda ela, foram leves. O problema foi a saudade: durante o isolamento, a enfermeira ligava para mãe, que estava cuidando da neta, até dez vezes ao dia.
A mãe dela, a aposentada Juliana Santos, também tinha muita expectativa para o reencontro. Com a pequena Iolanda no colo, esperou pelo retorno da filha na garagem, em frente ao portão de casa. Quando escutou a fechadura abrir, a emoção tomou conta.
“Ela é meu tudo. A gente ficou muito preocupada, mas eu falei ‘É muita fé. Vai ficar bem’ e a gente se falava todo dia, e eu e a Iolanda aqui, só rezando para mamãe ficar bem”, disse a aposentada.
Depois do emocionado reencontro, a família se despediu novamente. Gisele e a filha ficarão juntas, mas longe de Juliana, que integra o grupo de risco da doença por ser idosa. Enquanto isso, elas vão recorrer às chamadas de vídeo para amenizar a saudade.
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