O ser humano, desde seu nascimento, é atravessado por uma falta. Seu primeiro elo de ligação com o mundo, de quem espera preencher esta falta é a sua FAMÍLIA.
Ao longo dos tempos a família, a infância e as relações entre pais e filhos foram se transformando, com novas formas de serem geridas e novos costumes adquiridos. Podemos pensar que não existe uma ideia “natural” de família. A família também é uma construção humana, influenciada por aspectos culturais, econômicos, sociais, religiosos e pelas condições psicológicas de seus membros.
As relações familiares têm um modo de funcionamento próprio, onde cada um é encarregado de cumprir diferentes papéis, sendo importante considerar a compreensão que temos do papel que desempenhamos no nosso núcleo familiar.
Existe, assim, um desejo fundamental que acompanha estas relações. O desejo, por exemplo, dos pais em assumir este papel (ser pai e mãe) e estar no lugar de cuidador, o desejo em participar da vida de alguém, de compartilhar momentos juntos, de dividir responsabilidades.
A maneira como os pais estão direcionando seu olhar e seu desejo é fundamental para o desenvolvimento e constituição psíquica dos filhos, considerando que aqueles que apresentam o mundo a alguém servirão como espelho na estruturação de sua condição humana.
É muito importante refletir sobre importância do afeto cultivado nas nossas relações familiares e dos limites e valores que serviram de alicerce para o nosso desenvolvimento.
Como percebo minha família? Que família é esta de onde eu venho e da qual eu falo?
A minha família não é apenas isto que está presente no meu discurso e palavras, mas está presente nos meus sintomas e na minha personalidade, pois sou parte das expectativas, desejos e frustrações dos meus pais e também dos recursos internos que utilizei para corresponder (ou não) à minha demanda familiar.
A psicanálise compõe um método que nos possibilita investigar como as relações familiares influenciam na formação das subjetividades, dos sintomas e das neuroses atuais, e se apresenta como um meio de intervir nos conflitos construídos e na tentativa de compreender e ressignificar a história familiar que está sendo contada a partir da falta que o paciente tanto almeja preencher.
Não esquecendo que somos frutos da história de nossas famílias, mas isso não impede que sejamos protagonistas da nossa história!
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