Nem sempre o campeão de audiência da Netflix vem de Hollywood. Nesta semana, quem roubou a cena foi a produção espanhola Ángela, que subiu direto ao primeiro lugar do ranking global e deixou títulos badalados, como Sandman e o capítulo final de Round 6, para trás.
A trama acompanha Ángela — interpretada com intensidade por María Valverde —, uma mãe dedicada que, fora do olhar dos vizinhos, convive com agressões constantes do marido. A narrativa mergulha no cotidiano claustrofóbico da protagonista, evidenciando as marcas físicas e emocionais de um relacionamento abusivo.
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O clima se intensifica quando Edu, antigo amigo da família, reaparece depois de anos. O reencontro faz desmoronar o frágil controle que Ángela mantinha sobre a própria vida, despertando medos, desejos e a sensação de estar cercada por ameaças vindas de todos os lados.
Com apenas seis episódios de cerca de cinquenta minutos, a minissérie mantém um ritmo firme: cada capítulo termina com pistas suficientes para o espectador querer apertar “próximo” sem pensar duas vezes.
A direção de fotografia aposta em cores frias e ambientes pouco iluminados, reforçando a sensação de vigilância e perigo iminente.
Embora o suspense psicológico seja o ponto de partida, a obra também discute violência doméstica, gaslighting e a busca por autonomia feminina.
O roteiro não romantiza o trauma nem simplifica soluções, optando por mostrar as contradições de quem tenta proteger os filhos enquanto planeja uma saída que parece impossível.
O sucesso de Ángela não veio por acaso: além de atuações sólidas, a produção conta com equipe de roteiristas experientes em thrillers televisivos e foi gravada em locações reais de Barcelona e Valência, o que dá uma atmosfera ainda mais verossímil à história.
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