Faça este teste rápido com a mão: O simples gesto de encostar mindinho e polegar pode mostrar se você tem uma herança evolutiva rara

Muita coisa no nosso corpo é herança antiga. Algumas estruturas seguem úteis; outras ficaram como marcas de um passado em que subir em árvores, correr longas distâncias e agarrar galhos fazia parte da rotina. Uma dessas pistas está bem no pulso e aparece com um gesto simples.

O “culpado” tem nome: palmar longo

Existe um músculo fino no antebraço chamado palmar longo (palmaris longus). Ele se estende até a palma da mão por meio de um tendão que, em parte das pessoas, salta quando fazemos certos movimentos.

Em primatas que vivem nas árvores, esse conjunto ajudava na preensão — segurar firme e estabilizar a mão. Em humanos, a função ficou menos importante e, por isso, esse tendão some em cerca de 10% a 15% da população. Ou seja: continuamos evoluindo e acumulando variações.

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Como fazer o teste em casa

  1. Apoie o antebraço sobre a mesa, palma virada para cima.
  2. Junte o mindinho com o polegar.
  3. Levante levemente a mão sem tirar o antebraço do apoio.
  4. Se aparecer uma faixa elevada no centro do pulso, você tem o tendão do palmar longo visível. Se nada se destacar, é provável que você não o tenha — e está tudo certo.

O que significa ter (ou não ter) esse tendão

  1. Ter o tendão: é um traço anatômico comum e não indica vantagem especial no dia a dia.
  2. Não ter o tendão: também é normal. Trata-se de uma variação humana bem documentada, ligada à perda gradual de estruturas que deixaram de ser essenciais.
  3. Pode variar entre os lados: algumas pessoas têm apenas em um pulso.
  4. Força e desempenho: a presença ou ausência não determina sua força de pegada ou habilidade manual.

Curiosidades úteis

Cirurgia: quando presente, o tendão do palmar longo pode ser usado como enxerto em procedimentos reconstrutivos, porque sua retirada geralmente não causa perda funcional relevante.

Parentes próximos: macacos arbóreos e lêmures costumam ter esse sistema bem desenvolvido; já espécies terrestres e nós, humanos, mostram redução ao longo do tempo.

Anatomia que conta histórias: ver (ou não ver) o tendão é um lembrete de como o corpo guarda capítulos antigos da nossa trajetória evolutiva.

Esse teste é curioso e educativo, mas não é diagnóstico. Dor, formigamento ou fraqueza nas mãos devem ser avaliados por um profissional de saúde.

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