Barcelona, anos 1960: ruas portuárias em ebulição, bares cheios de fumaça e negócios que só acontecem depois que as portas se fecham. É nesse cenário que Hache se apoia para contar uma história de ascensão perigosa, relações de conveniência e decisões que cobram preço alto.
No centro da trama está Helena (Adriana Ugarte), que começa tentando resolver problemas imediatos e, aos poucos, percebe que pode usar a própria inteligência para virar a mesa. Sua aproximação de Malpica (Javier Rey), chefão do tráfico, nasce de um encontro oportunista, mas se transforma em ligação estratégica: cada gesto abre caminho — e cria inimigos.
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O submundo do comércio de heroína aparece sem glamour. A série mostra como dinheiro, influência e medo sustentam a cadeia: do carregamento que chega escondido ao pagamento que some em mãos intermediárias. Nada fica solto por muito tempo; quando alguém erra, o acerto vem duro.
O clima de época ajuda a história a ganhar peso. Figurinos, carros, telefones fixos, boates e vielas estreitas compõem uma cidade que tenta parecer civilizada enquanto negocia à sombra. A fotografia aposta em luz baixa e interiores apertados, dando a sensação de que tudo pode desandar de uma hora para outra.
Personagens coadjuvantes não ficam de enfeite. Policiais, capangas, donos de casas noturnas e mulheres que dominam bastidores interferem no tabuleiro com interesses próprios. Lealdade é moeda rara; quem entrega informação hoje pode ser alvo amanhã.
Se você procura uma série de crime e suspense com protagonista afiada, ritmo tenso e viradas bem colocadas, Hache oferece exatamente essa combinação — sem fazer concessões ao conforto do espectador.
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