Homens gays podem virar padres? Vaticano agora diz que sim — mas só se aceitarem uma regra nada simples

Num movimento que mexe com um dos debates mais sensíveis dentro da Igreja Católica, o Vaticano deu aval para que homens gays possam ingressar em seminários e ser ordenados padres, desde que vivam o celibato.

A decisão, divulgada em janeiro de 2025, aparece nas novas normas para a formação de futuros padres na Itália, em caráter experimental por três anos, e reacende discussões sobre como a instituição lida com orientação sexual e vocação religiosa.

Pelo novo documento, candidatos homossexuais podem ser aceitos nos seminários italianos e seguir até o sacerdócio, desde que se comprometam com a mesma regra que vale para todos os padres católicos: abstenção de relações sexuais.

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Em outras palavras, a questão central, para a Igreja, continua sendo a prática do celibato, não a orientação sexual em si.

Essas normas foram elaboradas pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) e receberam o sinal verde do Dicastério para o Clero, órgão do Vaticano responsável por assuntos ligados aos padres.

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Ou seja, não se trata de uma opinião isolada de um grupo de bispos, mas de uma orientação que passou pelo crivo da estrutura oficial da Igreja e será testada em todo o sistema de formação sacerdotal do país.

Na prática, o texto representa um recuo em relação a diretrizes anteriores, como as de 2005 e 2016, que eram bem mais restritivas.

Naquela época, a orientação era barrar candidatos com “tendências homossexuais profundas” ou que demonstrassem apoio à chamada “cultura gay”.

Agora, o foco deixa de ser um rótulo fixado no candidato e passa a considerar melhor seu comportamento concreto, sua maturidade afetiva e sua disposição em seguir as exigências da vida sacerdotal.

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O documento também reforça que a orientação sexual não deve funcionar como um filtro automático de exclusão.

A recomendação é que cada vocacionado seja avaliado como um todo: sua história de vida, sua capacidade de relacionamento, seu equilíbrio emocional, sua fé e sua disposição em viver o celibato.

A condição é clara: se o candidato — heterossexual ou homossexual — assume seriamente a escolha de não manter relações sexuais, a orientação por si só não é motivo suficiente para barrar sua entrada ou permanência no seminário.

Fonte: Unisinos

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