A minissérie de 6 episódios que bombou entre os assinantes da Netflix: “Original e viciante”

Se você é fã de séries de mistério com atmosfera sombria, revelações perturbadoras e personagens que escondem mais do que mostram, prepare-se para maratonar Antracite, a nova minissérie francesa da Netflix que chegou ao catálogo em abril de 2024. Com apenas seis episódios, a produção entrega um thriller instigante que mistura investigação criminal, trauma familiar e o poder obscuro das seitas religiosas.

Um crime do presente e um suicídio coletivo do passado

A trama começa com o assassinato de uma mulher nos Alpes franceses, o que reacende as memórias de um caso trágico ocorrido em 1994: as mortes coletivas em uma seita chamada Igreja da Luz Divina. A polícia acredita que os dois acontecimentos estão ligados — e a prisão de um homem, François Heilman, parece confirmar a teoria. Mas sua filha, Ida, uma hacker solitária e extremamente determinada, não engole essa versão.

Em busca da verdade, Ida embarca em uma jornada pelas entranhas de uma comunidade que preferia deixar o passado enterrado. Ao lado de Jaro, um ex-presidiário tentando recomeçar a vida, ela forma uma dupla improvável, mas eficaz, que vai desenterrar segredos tão escuros quanto o carvão que dá nome à série.

Atmosfera tensa e trama bem amarrada

Antracite acerta em cheio na ambientação: os Alpes gelados e isolados funcionam quase como um personagem, refletindo o silêncio incômodo, a desconfiança entre os moradores e o peso de um trauma coletivo nunca resolvido. A fotografia fria e os enquadramentos fechados contribuem para o clima de constante tensão.

O roteiro costura bem os saltos entre passado e presente, revelando aos poucos as conexões entre os personagens e os eventos trágicos de décadas atrás. Apesar de alguns clichês do gênero, a série se destaca pelas reviravoltas bem posicionadas e pelo desenvolvimento emocional dos protagonistas.

Destaques do elenco

Noémie Schmidt brilha como Ida, entregando uma personagem complexa — ao mesmo tempo vulnerável e corajosa, ferida e teimosa, sempre em busca de justiça. Hatik também impressiona como Jaro, trazendo camadas ao papel do homem marcado pelo sistema, mas disposto a mudar. A química entre os dois é um dos pontos altos da trama.

Vale a pena assistir?

Sim, e muito. Antracite é uma daquelas minisséries que você assiste de uma vez só — não apenas pela curiosidade de saber quem matou, mas porque a história toca em feridas mais profundas: como lidamos com o passado, o peso da culpa, e a eterna busca por redenção. Para quem curte suspense com pegada europeia e crítica social sutil, é uma pedida certeira.






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