Bater para educar, até quando?

Por Fernanda Montano para a Revista Crescer

Os entraves do dia a dia podem tirar você do sério – e com razão! Afinal, acontecem repetidas vezes, pelos mesmos motivos. O estresse diário, contudo, não justifica uma palmada sequer. Até porque ela não vai resolver; pelo contrário, pode até piorar.

Um estudo da Universidade do Texas em parceria com a Universidade da Virginia (ambas dos EUA) mostrou que crianças que apanharam de seus pais aos 5 anos tinham mais problemas de comportamento aos 6 e aos 8.

Inúmeros estudos anteriores comprovaram o mesmo. O diferencial dessa pesquisa foi analisar um maior número de variáveis para demonstrar que o pior comportamento estava relacionado à violência, independentemente de características pessoais da criança, dos pais e do ambiente.

Bater é educar pelo medo, o que não é nada saudável. “Quando você bate, está ensinando as crianças a serem agressivas. Está mostrando que, com força física, as pessoas se submetem. O melhor é ensinar seu filho a discernir entre o certo e o errado, o que só conseguimos com diálogo e exemplos. A criança imita o comportamento dos pais, afinal”, afirma a psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood, da clínica Crescendo e Aprendendo (SP).

Aqui damos várias ideias para você lidar com as batalhas do dia a dia sem recorrer à violência, todas embasadas em depoimentos de especialistas e pais entrevistados. Que tal testá-las em casa? Se demorar para fazer efeito, conte até mil, mas jamais levante a mão para seu filho.






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