Condenada ao pelotão de fuzilamento, mulher faz pedido final que choca até os carcereiros

Numa cela abafada de Kerobokan, a britânica Lindsay Sandiford passou os últimos 12 anos contando dias que nunca têm data: a ordem de execução por fuzilamento pode chegar a qualquer momento. Entre um apelo judicial e outro, ela transformou o corredor da morte numa espera silenciosa – e, ainda assim, cheia de reviravoltas.

Sandiford, hoje com 69 anos, aterrissou em Bali em 2012 carregando cinco quilos de cocaína escondidos na mala. A apreensão no Aeroporto Ngurah Rai, avaliada em milhões de dólares, selou a condenação: pena de morte, o castigo padrão da lei antidrogas indonésia.

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A rotina na superlotada Kerobokan é um teste de resistência. Projetada para 350 detentos, a prisão já abrigou quase 1 400. Sandiford divide pouco mais de sete metros quadrados com outras 13 mulheres, dormindo em um espaço pensado para três pessoas.

Segundo ex-colegas de cela, a avó passa a maior parte do tempo recolhida e fala pouco. Quando se pronuncia, faz questão de dizer que prefere morrer longe da família: “Se quiserem me fuzilar, que façam logo; não quero plateia”.

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O choque mais duro veio em 2015, quando ela viu dois prisioneiros serem levados ao pelotão. A cena quebrou qualquer esperança de perdão imediato e reforçou a ideia de que o fim poderia chegar a qualquer hora.

Uma mudança recente no Código Penal da Indonésia, porém, abriu uma fresta. A nova regra permite converter a sentença capital em prisão perpétua para quem apresentar “conduta exemplar” – critério que Sandiford cumpre depois de anos ensinando outras detentas a tricotar e mantendo ficha disciplinar limpa.

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Convencida de que poderá sair, ela começou a doar roupas e objetos pessoais. Fontes na prisão afirmam que a expectativa é libertar estrangeiros de longa data, medida alinhada ao plano do novo governo de reduzir a população carcerária.

Antes mesmo de qualquer decisão oficial, Sandiford teve um respiro emocional: recebeu autorização para abraçar os netos durante uma rara visita. Para uma mulher que vive à espera de um tiro de misericórdia, esse reencontro valeu mais que qualquer promessa de clemência.

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