Um encontro improvável rendeu um dos debates mais comentados da semana: Cíntia Chagas — professora e influenciadora conhecida por posições conservadoras — dividiu a mesa com Manuela d’Ávila no GloboNews Debate.
Em rede nacional, Cíntia admitiu que mudou de visão sobre o feminismo após expor um relacionamento abusivo e ouvir mulheres que a acolheram. O contraste entre o passado de críticas e o presente de reconhecimento acendeu discussões dentro e fora das bolhas políticas.
O que Cíntia disse
Durante a conversa, Cíntia afirmou ter sentido “raiva” das feministas e contou que parte dessa aversão vinha da própria experiência no casamento.
Ao relatar a denúncia de violência contra o ex-marido, ela disse ter recebido mais apoio de mulheres feministas do que de perfis ligados à direita, o que a levou a “repensar tudo” e a tentar “consertar” o que propagou contra o movimento.
Trechos do programa e da repercussão nas redes trazem as falas: “eu tentava consertar o que fiz” e “a raiva que eu tinha vinha do que eu vivia”, além do reconhecimento público desse apoio.
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O contraponto de Manuela d’Ávila
Manuela destacou que muitas mulheres crescem orientadas a buscar realização afetiva a qualquer custo — cenário que facilita relações abusivas — e reforçou dados e políticas de proteção. O tom do debate foi firme, mas respeitoso, e focado em violência doméstica, poder e autonomia econômica.
De persona “anti” a voz que reivindica causas femininas
A guinada de Cíntia não apaga sua história pública: por anos, viralizou com críticas ao feminismo e à linguagem neutra, enquanto construía carreira como professora de português, palestrante e autora.
Formada em Letras pela UFMG, ela ficou conhecida pela didática direta, cursos e presença forte nas redes. Hoje, mantém a identidade conservadora, mas declara apoiar pautas de proteção às mulheres e debate políticas com recorte de gênero.
O que mudou na prática
Segundo a própria Cíntia, a denúncia e a exposição do caso a fizeram buscar informação, acolhimento e redes de apoio; ela reconhece que subestimou o movimento e afirma que a experiência pessoal reconfigurou suas referências.
Portais e perfis jornalísticos registraram o passo a passo dessa virada — do relato ao pedido de desculpas e ao reconhecimento público da ajuda recebida.
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Reação do público
A mudança de posição de Cíntia dividiu comentários: para alguns, trata-se de autocrítica corajosa; para outros, contradição.
O ponto comum é que o relato trouxe para o horário nobre temas difíceis — como reconhecer sinais de abuso e procurar ajuda — com repercussão intensa entre influenciadores e páginas de notícia.
Mineira, comunicadora e empresária da educação, Cíntia ganhou escala nacional com cursos e livros de língua portuguesa e oratória, presença forte em TV e internet e uma persona pública sem rodeios. Essa mesma projeção potencializou o impacto da sua reavaliação sobre o feminismo.
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