O talentoso pintor cego que nunca enxergou nenhuma de suas obras.

Por Bruna Rasmussen

As cores vibrantes e intensas compõem imagens do dia a dia, como um casal que caminha abraçado, um cachorro ou um músico. As telas do norte-americano John Bramblitt estão presentes em mais de 20 países, ele é protagonista de dois documentários e tem diversos livros escritos sobre arte. Bramblitt perdeu sua visão há 13 anos, devido a uma complicação em suas crises de epilepsia. Apesar de ter em seus olhos o buraco negro da cegueira, o artista carrega em seus dedos a capacidade mágica de trabalhar com cores e formas na tela.

O incidente, que aconteceu quando tinha 30 anos, deixou Bramblitt depressivo, sentindo-se distanciado da família e dos amigos. Ele nunca havia pintado antes, mas foi ao tentar brincar com o pincel e com a tinta que descobriu sua nova razão de ser. “Para mim, o mundo é muito mais colorido agora do que era quando eu enxergava“, afirma.

Bramblitt descobriu ser possível enxergar através do tato, usando a chamada visão háptica. Com uma tinta de secagem rápida, ele consegue sentir na ponta dos dedos a forma que compõe na tela e, com o auxílio de etiquetas em braile nos tubos de tinta, consegue fazer a mistura certa das cores. Ele descobriu, inclusive, que cada cor possui uma textura diferente e, hoje, consegue sentir e enxergar à sua maneira cada quadro que pinta.

Além de pintar com frequência, Bramblitt trabalha ainda como assessor no Metropolitan Museum of Art de Nova York, nos EUA, onde coordena projetos que garantem acessibilidade à arte. Confira algumas de suas incríveis obras:

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