Profissionais de saúde contam com suporte psiquiátrico no SUS

Os profissionais de saúde, da ação estratégica O Brasil Conta Comigo, que estão na linha de frente no combate ao COVID-19, têm disponível suporte psiquiátrico ofertado pelo Ministério da Saúde. Essa medida visa cuidar da saúde mental dos profissionais contratados pelo Governo Federal para auxiliar os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) nas ações de enfrentamento à pandemia nos estados. Até o momento, cerca de 300 profissionais foram contratados temporariamente, no âmbito da estratégia, e estão trabalhando no Amazonas. Para esses trabalhadores, o suporte psiquiátrico conta com a parceria da Associação Médica do Amazonas (AMB-AM) e da Associação dos Psiquiatras do Amazonas (AAP). Basta agendar atendimento com psiquiatras das associações.

O apoio psiquiátrico a esses profissionais é resultado da parceria do Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). “O Ministério da Saúde entende que os cuidados com a saúde mental desses profissionais não podem esperar, e medidas de intervenção visando reduzir o impacto dessa pandemia implica em esforços a curto, médio e longo prazo, concentrados na preservação de vidas”, enfatiza a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.

Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, “a saúde mental dos médicos e de outros prestadores de serviços da saúde de primeira linha deve ser uma prioridade. Temos a necessidade do cuidado com os serviços de saúde mental, justificando e alertando o que chamo de quarta onda: traumas psíquicos, doenças mentais, dificuldades econômicas e suicídio”.

A ação estratégica “O Brasil Conta Comigo” foi criada com o intuito de auxiliar os gestores federais, estaduais, distritais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às ações de enfrentamento à COVID-19. São cadastros nacionais, capazes de identificar os profissionais/estudantes, suas especialidades, localização e disponibilidade para trabalhar. Além disso, são recursos humanos devidamente habilitados para atuar no enfrentamento ao coronavírus, visto que estes são previamente capacitados nos protocolos clínicos do Ministério da Saúde, aprovados pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV), visando uma atuação com qualidade e segurança. Quando houver solicitação dos gestores, também há capacitação presencial.

PESQUISA

O Ministério da Saúde também está realizando uma pesquisa com esses profissionais para compreender o impacto da COVID-19 na saúde mental desses trabalhadores, integrando esforços e intervenções para reduzir os efeitos da pandemia. Foi enviado um questionário por e-mail para que os profissionais respondam. A participação é voluntária e as informações são absolutamente confidenciais e de uso exclusivo na referida pesquisa.

O objetivo da pesquisa é auxiliar na formatação de políticas públicas da agenda governamental, voltadas aos cuidados desses profissionais – muitas vezes expostos a alto nível de exigência física e emocional –, durante e após a pandemia. A ação estratégica “O Brasil Conta Comigo – Profissionais da Saúde” já conta com mais de 925 mil cadastros concluídos no sistema. Destes, mais de 410 mil profissionais estão dispostos a atuar no combate ao coronavírus.

OUTRAS INICIATIVAS

O Ministério da Saúde também está com um questionário online para avaliar o impacto da pandemia da COVID-19 na saúde mental do brasileiro. O objetivo é rastrear a existência de depressão, ansiedade e estresse na população brasileira e, posteriormente, subsidiar políticas públicas nas unidades de atenção psicossocial. O questionário está disponível neste link até o dia 15 de maio. A primeira parte consiste em um questionário sociodemográfico, seguida de instrumentos de avaliação da saúde mental. O preenchimento leva em torno de 15 minutos.

O Ministério da Saúde também vai disponibilizar, ainda neste mês, um canal para teleconsulta psicológica para os profissionais de saúde. A iniciativa é um reconhecimento da necessidade de apoio a esses profissionais que, pelo trabalho intenso, com riscos de contaminação elevados e enfrentando condições adversas, podem ter sintomas como ansiedade, depressão, irritabilidade, transtorno de estresse agudo, dentre outros.

Por Tinna Oliveira com NUCOM/SGTES.

Publicado originalmente no site do Ministério da Saúde

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